sexta-feira, dezembro 01, 2006

Apetece-me falar de algo que me assombra o pensamento à já algum tempo, afinal como é esta cena do amor? é que parece ter-se banalisado tanto! Hoje em dia amar alguém é a mesma coisa que "apetece-me um hamburguer do MacDonalds, não, não, não afinal apetece-me uma sandes". Parece que agora tudo é confundível com o amor! Pitas de 14 anos que dramatizam suicidios por que o namorado de 15 as deixou por uma mais gira, isto tudo, claro, porque o amavam.
O namoro que acabou passado uma semana e estamos de rasto porque nós"amávamo-lo mesmo mesmo!". Acho que isto se resume a filosofias baratas vendidas a milhões de dólares dentro de bobines que vêm de Hollywood. Homens e mulheres de hoje pensam no amor como algo perfeitamente normal e trivial. Perdoem-me os crentes dessa teoria mas amor é algo superior, algo trancendente, algo inexplicável ( ou acham que os poetas têm temas interminaveis só por acaso?o.O). Alguns amigos meus vêm ter comigo felizes da vida para me dizerem que na recente relação que têm descobiram que já amam a outra pessoa, só posso dizer que fico feliz por eles, mas que, desculpem, não consigo acreditar. Não quer dizer que eles estejam errados e eu certa, ou vice-versa. Simplesmente para mim isso é errado. É tudo muito subjectivo nos tempos que correm ( raro é ser objectivo), mas mesmo asssim, acho que as pessoas se precipitam para algo que devia ser considerado "only use in case of emergency please". Passo a explicar, pensem comigo, vocês conhecem alguém, passam excelentes tempos com ela, partilham imensas coisas com ela, dias, pensamentos, noites e luas, apaixonam-se, começam a pensar em coisas em conjunto, como passarem férias juntos, escapadelas juntos, teatro juntos, panquecas às 3 da manhã juntos, brigas feias de dias, lágrimas de raiva e ódio, sentimentos impensáveis de sentir por essa pessoa, pensamentos de se realmente vale a pena, para quê continuar...

Depois uma simples gargalhada comum, corpos unidos, nirvana e além...
Passado esse tempo todo ( sim porque isto leva tempo, muito) olharem para tudo o que fizeram e sentiram e vêm que para além de ter valido tudo estupidamente a pena, continuam a sorrir quando olham para essa pessoa e pior, apercebem-se que gostam muito mais dela agora do que no início. Depois de todos os defeiteitos e virtudes, de todas lágrimas e sorrisos partilhados, vocês sentem verdadeiramente o que é verdadeiramente gostar de alguém. Algo tão grande e único que só pode significar uma coisa, o diagnóstico mais assustador de todos...que amam aquela pessoa.
Estão irremediavelmente intoxicados, apaixonados, viciados por aquela pessoa. ´
O amor é assim, é como o vejo e como o sinto. E sinto-me bem por senti-lo assim. O curioso é, porém, que eu não amo só esta pessoa, amo aquela a quem chamo de amigo, aquela que nasceu quando eu estava a ver, aquela que estava lá e me viu nascer, e contudo são todos diferentes e todos amor. Mas amar verdadeiramente alguém que simplesmente se cruzou no nosso caminho, só depois de muito, muito calo se chama amor.

Um beijo

Post Scriptum - continuo a achar que detesto lamechices (e detesto) e que sou uma pedrinha de gelo...

1 comentário:

Eva Tancredi disse...

como eu te percebo ... =) muahhh