quinta-feira, janeiro 25, 2007

A contra-luz projectava sombras flutuantes nos paineis cuidadosamente colocados no seu quarto. Particulas de pó-de-arroz flutuavam por entre as candeias de papel que acentuavam ainda mais o cheiro doce a cerejas e leite de bambú. A seda cuidadosamente debruada caia-lhe dos ombros livídos, uma mistura de rouge e rosa que lhe davam um tom acoralado.
Olhava, estática, as sombras irrequietas, gostava da brisa quente que lhe lambia os ombros e a arrepiava, sabia-lhe bem ser tocada daquela maneira subtil.

Tudo parava para ela e só ela...

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