domingo, junho 10, 2007


O tempo divide-se em finos traços tranparentes. Nós somos como fetos à espera de nascer nesta incubadora a que teimam chamar mundo, terra. O conceito de nascer é demasiado lato, nunca se sabe quando vai acontecer connosco, podemos estar já aqui há largos anos e contudo só "nascer" quando alguém liga, algures, o interruptor. Eu acho que nasci um interruptor, pode induzir em erro esta frase, mas a verdade é que eu sei que nasci, tinha 51 cm e uns olhos demasiado claros, dito pelo médico...tive quase quase para ser albina...devia ser engraçado. Gosto de cliques, gosto de interruptores, tenho medo do escuro. Cheguei a uma conclusão, em conjunto com a minha parceira das brilhantes conclusões, gostamos da paisagem e da ideia de águas calmas, uma manhã solarenga de marés paradas, mas, contudo não nos conseguimos aguentar nesta paisagem muito tempo. Tem de vir algo, alguém, uma tempestade, uma onda mais forte, chuva, granizo, a manhã solarenga é a sala de espera, como alguém me disse e bem "eu estava em cima de um gaivota à noite no mar e as estrelas lá em cima, era tudo tão perfeito...podia vir "alguém" com um iate e spa incluido...eu lá queria saber, era a gaivota que eu queria, eram as estrelas...era aquele...", entendo-te e quero, quero a minha gaivota, questiono-me se já a tenho e tenho mdedo de só "nascer" quando morrer...





Post Scriptum - tomorow never dies...mientras tanto perco-me entre palavras e incenso, o meu pecado dos deuses...

6 comentários:

Kátia disse...

Olá Vanessa!:)
Eu precisei 'quase' morrer para que meu 'interruptor' fosse ligado em sua totalidade.Por vezes,me pego a meia-luz quando tenho ataques de 'bobeira'...caminho hoje na margem daquilo que é, e no centro daquilo que não é.Me entendes?Talvez sim ou talvez não.E sabes pq?Não existe explicação mesmo.Tempestades e bonanças devem ser sempre bem vindas para que possamos saber que elas existem e para que possamos sentir o sabor de cada uma indistintamente.Compreendi muito nas entrelinhas o que escreveu(assim acho eu).

Kátia disse...

Ah!E antes que me esqueça e memória boa eu tenho demais.OBRIGADA,MUITO OBRIGADA!Pela visita no blog.Volte sempre e mais ainda OBRIGADA por creditar-me em seus links de blogs recomendados.
Você é "porreta"!!! :)
Que traduzinho o meu 'bahianês" quer dizer o mesmo que fixe,giro e tudo mais de bom que se possa adjetivar.
:)
Beijo!

Anónimo disse...

"O tempo divide-se em finos traços tranparentes."...não irei transcrever o resto porque seria inconveniente e chato...

Muito bom o post...
Só se pode pedir mais...

Boa tarde e um beijo.

eduardo jai disse...

Que gosto do pouco que li dele, é verdade. Sobre este livro, em particular, não faço a mínima ideia a não ser aquilo que 487,8 pessoas me disseram: "Tens que ler!"
Com o teu comentário arredondei o número para 489. Quando chegar ao milhar vou ter que tomar uma decisão. Damn... :)

eduardo jai disse...

Esta espécie de comentário ^ era relativo ao G. Duncan...
Deve ser o ataque semanal de dislexia... Vou procurar as gotas.

:|

Kátia disse...

Vixe! Minha 'ficha caiu' agora!!Vocês estão falando do livro?Noooosssssssaaa!!! Pensei que havia escrito sobre algo que viveu ou assim.Bem,eu leio muita coisa...só me basta encontrar esse livro e ler também pra me situar. :# :( triste,triste.
Beijo.