terça-feira, dezembro 30, 2008





Happy Year...

Post Scriptum - Because it will stop being new soon enough...

domingo, dezembro 28, 2008





Não sei até que ponto o que vou dizer se verifica nos dias que correm, nos meus dias que correm. Sempre, sempre, sempre...sempre...senti que...senti que não pertencia aqui. Aliás, a lado nenhum. Quando me recordo da pequena V. sentada na caixa de areia com um bicho de contas na mão, de chapéu, porque o sol batia forte, levantava a mão para proteger os olhos grandes e claros dos raios fortes dos dias longos de verão, recordo que mesmo aí sempre achei que a minha vida era como um filme. Eu estava de longe a ver como era ter uma vida assim, porque no fundo, eu não pertencia aqui. Coisa estranha e rara pensa quem lê, a miúda está toda queimadinha...mas não. Tenho, e sempre tive, uma enorme sensação de falta de pertença. Por alguma razão esta vida, a que vejo nas mãos que toco, nos olhos que espelho, nas almas que percorro, não acho a minha, não me acho. Acho que isso explica a minha paixão pelo cinema, a oportunidade de percorrer mil e uma vidas sem sair da cadeira e do escuro confortável. O meu "problema" não é a inércia, não. Antes pelo contrário, faço de tudo para estar sempre em todo o lado menos naquele lado, o que me faz sentir que aqui não pertenço. A V.? Está em casa do J., do T., da C., da L., da M., da B., só nunca na da V.; é um medo, o medo, de achar que sempre tive razão. Só me sinto calma, bem, segura nos braços daqueles que aprendi a amar sem pedidos, sem expectativas, sem demoras, exigências, responsabilidades. Ter a coragem de admitir e dizer a alguém que o sentimento nutrido é o mais elevado, é despires-te e não teres medo de dizer "olha-me, tenho defeitos, sim, tenho virtudes, também, mas não me interessa que os vejas, que me vejas, porque a única coisa que quero é que me vejas...como eu te vejo. Amo-te.". O ano chega ao seu término e é muito difícil fechar a mala que diz 2008, foi imenso, magoou-me, arranhou-me, esbofeteou-me. Algumas vezes eu ria-me e pedia mais, bate-me mais, porque eu aguento! Outras fugia apavorada, enrolada no canto mais obscuro do ser, até me virem buscar, darem-me a mão seguido do coração colado ao peito que batia junto do meu. Dia 31 encerra um ciclo, não só de 366 dias, mas de uma vida, a minha. As coisas mudam e eu, bem, eu farei o que sempre quis, viajar, estar longe, ser longe e conhecer tudo o que me espera, porque não, eu não pertenço aqui. Os laços não se quebram, esticam e não partem, porque para viver só preciso do teu sorriso, da tua mão, do teu gesto. 2008 deve-nos 2009, e que faremos nós? Abriremos a porta e deixa-mo-lo entrar, porque este, este pertence-me, pertence-nos.



sábado, dezembro 27, 2008





I love you without knowing how, or when, or from where. I love you straightforwardly without complexities or pride. I love you because I know no other way then this. So close that your hand, on my chest, is my hand. So close, that when you close your eyes, I fall asleep.

From V. to M., just as simple as that.



sexta-feira, dezembro 26, 2008





"A má educação é a ponta do icebergue da merda que uma pessoa esconde!", literal do original.



Post Scriptum - Eu sei, tu sabes, nós sabemos. Fiel a mim, a ti, a nós.

quarta-feira, dezembro 24, 2008












I heard it´s Christmas...so therefore...have a merry one...
Post Scriptum - Further to come...

quarta-feira, dezembro 17, 2008





Habituei-me ao curto espaço que percorre o sol do morrer ao nascer, as madrugadas tornaram-se os meus "dias", maus hábitos e preferências. Quando temos demasiado tempo para pensar é como se nos dessem uma lente bifocal, quando vemos algumas coisas mais nitídas é quando as outras se tornam foscas. Percebo, agora, o que tentam fazer os filósofos, os meninos bonitos da mamã que se acharam geniais ao ponto de fazer do pensar a vida. Aplauso para tamanha façanha, só neste passo único demonstram a destreza mental que a maior parte não teve. Eu tenho um problema com o pensar; eu penso (sim, logo existo! moving on) mas apercebo-me que sempre demais, dom vindo do estrogénio, o que me chateia, deveras. Pensar e repensar assuntos, por vezes óbvios, é perda de tempo, algo que com "treino" tenho vindo a melhorar. Tenho quase a certeza que na vida passada vesti a pele do lobo, tinha testosterona, coçava quando tinha comichão e amava a mulher como nenhum outro. Só assim explico grande parte das minhas preferências e mentalidade. O J. e o T. acham que eu sou "um dos gajos", corpo de mulher, cara de pecado e mente de homem. O que eu gostava que eles tivessem razão, mas a verdade é que a minha "gajice" apesar de mais ténue (ou pelo menos muito bem camuflada) está perfeitamente latente. Gostava de ter a capacidade de me capar emociomalmente tal qual homem, não é uma crítica, não me interpretem mal, é antes uma mais valia. É complicado engolir choro, esconder olhos brilhantes e pingos vindos do nada, é complicado não conseguir não amar, não gostar, não sentir. Mas falando assim parece que todas as mulheres são um bando de "gajas" que choram e babam-se e amam incondicionalmente, que mentira pavorosa! Os anticorpos já nascem connosco, são apenas "lançados" no momento certo (biológicamente falando), porque no que toca ao emocional faltanos 70% do descernimento.

Mas que parvoíce, deve ser das horas, estar aqui a debater temas mais batidos que a massa das filhozes que estão quase a chegar. Sou uma lente bifocal, se calhar é isso, porque é impossível estar igualmente equilibrada, a razão pesa e o sentimento puxa, irrita, magoa, lateja, sorri, seduz.
Começo a perceber de onde vêem os clichés, de pessoas pseudo-nerds que ficam acordadas até horas pouco aconselhadas e que se dão conta que andam com os horários trocados. Que bonita percepção gaja...e caminha, não?...Ainda não, tenho medo do escuro...

segunda-feira, dezembro 15, 2008

Coisas parvas II, antes que chegue o final do ano...






























The ambiguosity of the colour red...

quinta-feira, dezembro 11, 2008





(...)
And the raven, never flitting, still is sitting, still is sitting
On the pallid bust of Pallas just above my chamber door;
And his eyes have all the seeming of a demon's that is dreaming,
And the lamp-light o'er him streaming throws his shadow on the floor;
And my soul from out that shadow that lies floating on the floor
Shall be lifted - nevermore!

From The Raven, by Edgar Alan Poe



Post Scriptum - Nevermore...




segunda-feira, dezembro 08, 2008


Justificar completamente


A metáfora do lótus torna-se cada vez mais nitida na minha mente. No meio do caos em que está a casa, arranja-se maneira para se fazer jantar para quatro, as meninas foram convidadas a beberem das humildes chávenas de chá, já não tão humilde, veio comigo, de Paris, daquela loja deliciosa na entrada do Louvre. O merecedor do prémio? O quarto, remodelação do mesmo, um caos para o resto da casa. Pintar paredes, pintar o antigo armário pinho, agora "colorido" de Negro da China (o efeito está deveras bom). Papel de parede e árvores de madeira (que redundância bonita), mas são pequenos pedaços de MDF cortados de modo a parecer uma árvore e respectivos ramos, coisas zen e cenas assim. A cor está boa, eu ainda um pouco céptica, mas perdemos algumas batalhas para ganhar guerras, a originalidade prevalece (rói-te de inveja Querido Mudei a Casa!). O jantar foi simples mas delicioso e adornado no final com os biscoitos caseiros de mel da L. que foi uma querida ao armar-se em Izzie e lembrar-se das Merediths e Christinas que encontrou. Quando encontrarem o McDreamie é favor enviarem para o mail...
Já fazia algum tempo que não o fazia, soube bem fazê-lo de novo. A Arte Periférica convence-me sempre a fazê-lo, mas há alturas em que sabe bem melhor que outras. Os postais foram escolhidos, diverti-me imenso a escolhê-lhos e mandei-os. Chegaram, pelo que sei, foram bem recebidos, sorriso deste lado, é bom recordar. No mesmo dia o Satrbucks na rua dos pasteis em Belém e a varanda que se tornou nossa num entardecer de Dezembro com gargalhadas estridentes e pensamentos entrusados de mentes distintas (mas assustadoramente ligadas). Vamos ser geniais M.? Acho que já somos...Se sou feliz, perguntou-me ela camuflada de letras do David Fonseca, eu respondi que se amar é o que sinto, então, sim, muito. No meio da confusão, da casa e mental, ressalvo sempre o meu Shangri-La, aquele pequeno grande espaço onde sei que mora(o) o meu eu superior. Ele e os outros que conheço, é sempre engraçado ver a hora do chá, no Shangri-La...




terça-feira, dezembro 02, 2008





As pessoas nascem com uma doença gravíssima. As pessoas morrem a pensar que nunca a tiveram, acordam e deitam-se todos os dias ,seguidos de noites que se seguem de dias, a pensar que nunca sofreram de tal maleita. A arrogância tolda-lhes a vista tão nítida do terceiro olho. Importam-se com a camisola que tem burbotos, com o casaco escuro que tem pelos, com a mancha nas calças perfeitamente engomadas, com a saia que é demasiado curta e com o vestido que tem um decote demasiado profundo. Não se importam com o cheiro, isso não, o cheiro nunca as afectou, só se for de algo material, se não for visível pouco importa. Mas para quem cheira o que se não vê o incómodo é lento, profundo e agoniante. Um dos cheiros que mais profana as "narinas" é o da doença, deste vírus que se alastra e propaga assusatadoramente, algo tão simples e trivial como: a estupidez. É a gripe da alma e é regorgitante. Irrita-me profundamente ter de coniviver involuntáriamente com este espécime nojento. Pergunto: Eu falo mal para as pessoas? Sou arrogante para as pessoas? Sou mal-educada para as pessoas? Eu respondo: Não, não e não. Ora tendo estas perguntas com respostas tão objectivas eu pergunto, novamente: Porque é que as pessoas me falam mal, são arrogantes e mal-educadas comigo? Tenho um alvo na testa a dizer "Por favor testem a minha paciência!". Eu respondo, novamente: Não. As consequências não são bonitas e a irritação faz mal aos pêlos do nariz. Acho que vou continuar com o yoga...