segunda-feira, março 08, 2010



Partindo do pressuposto que as pessoas mudam, é isto, mudam. Crescem, transformam-se e seguem em frente. Começam a trabalhar, mudam de casa, fazem novos amigos. Certo...
Mas...penso que dos sentimentos mais reconfortantes que se pode sentir é o sentir-se em "casa". Olhar para as caras que o nosso coração reconhece automaticamente, saber de ante mão que os maxilares vão doer, entrar na casa que já conhecemos, no quarto que já é "nosso", ir para a varanda, acender um cigarro e respirar...o ar daquela relva, daquele silêncio que nos faz sermos nós. Comprar pipocas e batatas frias, sangria e gomas. Ver filmes de terror, assustarmo-nos uns aos outros. Ver os Oscars e quase adormecer, mas acordar com o ressonar do J. São histórias e pedaços de nós cravados naquele chão de madeira, naquelas paredes pintadas de verde e naquela varanda coberta de gargalhadas.

É voltar a casa, mesmo casa e esperar-te. Foi há pouco mais de um dia, mas as saudades são imensas, acredita. Não se pode explicar o que se sente, é apenas, vital, ter-te.