quinta-feira, agosto 28, 2008




O que se faz quando o carro não pega? Empurra-se claro está! Olha a bela marca das mãosinhas no capô...que belo momento ham...

Post Scriptum - Para mais tarde recorda...purum...

segunda-feira, agosto 25, 2008





Tenho esta música em loop no media player, parece que voltei às origens. Pearl Jam é a banda sonora da minha vida, desde que me lembro que os ouço (influências dos manos, claro). Esta letra é qualquer coisa e, neste momento, faz-me particularmente sentido. Temos surpresas, daquelas grandes, daquelas inesperadas, daquelas que dissemos a nós próprios ser impossível. Enganei-me, desculpa. Tanto coisa para perceber, ridiculamente, que no final, ao fim deste tempo todo, ainda sou capaz de me apaixonar por ti. Acredita que isso, para a minha complexa pessoa, é de uma raridade extrema.



Tattooed your name on my arm
I always said my girl's a good luck charm
If she can find a reason to forgive
Then i can find a reason to live



sexta-feira, agosto 22, 2008

Foto(à)grama...




São noites que chegam à madrugada, que nos pedem silêncios em sequências que mais parecem inventadas por guionistas do Daily Show. É a banda sonora do Pulp Fiction, do V for Vendetta, os Pearl Jam. São Os Aristocratas, o John Malcovich e o Al Paccino. É o frango de caril, é o "É DO CARIL!", são o adormecer e acordar contigo e contigo ao lado. São os jantares no nepalês e os cappuccinos do Nanninni. A bola saltitona da loja da Disney e as roupas e os ténis da geisha. São os sofás novos do sítio do costume. O sushi e o ramen, homemaid. É o pôr o despertador para as 10 e acordar às 16 e não nos importar por um segundo. O bairro e as pancadas "KEILA!!!...Não é...". Queres mais? Eu também, por isso é que me levas contigo, no sorriso.

quarta-feira, agosto 20, 2008




Olha, epifania...diz que o meu blog completou mais um ciclo de 365 dias...diz que é para continuar...eu aguardo e assisto.

Post Scriptum - Obrigada por estares aí...






Às vezes é preciso que nos recordem alguns clichés. É impressionante como o mundo do cinema é capaz de nos transportar para coisas que estão implícitas e subentendidas no nosso delicioso e ignorante ser. Sentimos que queremos partir, que não pertencemos aqui, que nada importa e tudo é dispensável. Pensamos que podemos dar-nos ao luxo de achar que não precisamos de nada nem ninguém e seguir na vida tendo-nos como certeza. De passar pela vida das pessoas e sair delas como se nada fosse, mas não, não é assim. Deixamos rasto, deixamos marcas da nossa passagem e deixamo-las onde menos esperamos e é assustador passarmos um dia pelas ruínas do que fomos antes e perceber que há coisas que subsistem, principalmente sentimentos, em quem os sente.

Devia ter ido ver ao cinema este filme, mas como tenho a certeza que tudo tem o seu momento, este foi o momento certo para o ver. Altamente recomendável, como me disse a minha querida e velha amiga do canto aqui ao lado, Uns dizem coisas interessantes...outros não!



Post Scriptum - Hapiness only real when shared.


segunda-feira, agosto 18, 2008




Long time loves...

The L´s of my life., both family, literaly.

segunda-feira, agosto 11, 2008




A floresta adensava-se, finos fios de luz prateada tocavam tudo à sua volta, o luar guiava-a por entre verde que se tornava preto e por flores que se vestiam de luto ao cair da noite. Pensava que era melhor correr, mas não conseguia, não sabia o caminho e tudo lhe parecia um quadro abstracto de formas irreconhecidas. Conseguiu definir a silhueta de uma árvore assustadora, era enorme, gigante mesmo, contorsia-se e retorcia-se no seu tronco denso e rugoso. Subiu-a, deu por si alojada no âmago da árvore, numa espécie de útero, côncavo. Parecia uma pequena casa, os ramos as janelas, as folhas as cortinas, a lua o candeeiro, os frutos a comida, os troncos os bancos e havia uma manta, pequena e velha, muito bem estimada, feita de vários tecidos: havia pedaços da seda mais nobre de um azul celeste, fazenda cinzenta, malha amarela, veludo bourdeaux, cetim verde. Algo, ou alguém havia feito daquela copa árvore a sua casa, nem que por uma noite apenas, decidiu plagiar quem quer que fosse e deitou-se sob o seu planetárium privado, tendo as estrelas como suas contadoras de histórias. Lá estava o leão, a ursa maior com a sua pequena menor, o sagitário, o capricórnio e o que tomou por seu quando nasceu, o escorpião. Quando se tapou com a manta percebeu que cheirava a algo que lhe era familiar, flor de cerejeira, o cheiro que ela mais recordava. Crescera com a ama, na sua casinha japonesa com painéis como portas e kimonos como vestidos. Aprendeu que a pequena cana de bambu entornava água a cada meia-hora e que à quinta vez que a água fosse entornada, era hora de seguir a ama até ao templo. Deixava uma moeda por entre as ripas, pedia um desejo e rodava a roda de oração. Ela adorava o som da roda a girar, fazia-a crer que um dia tudo o que a sua alma lhe contava à noite, enquanto dormia, se ia concretizar.
Adormeceu, o cheiro da manta fê-la viajar ao passado e esqueceu onde estava. Não era complicado, nem ela sabia. Acordou com um sol madrugador e o frio cortante que o acompanha sempre. Os olhos brilharam e os lábios estavam rubros, a pele rosada e a menina, já não estava assustada...

In mind scraps

segunda-feira, agosto 04, 2008




Foi uma estafa, uma santa estafa!!! Chegar na terça de Peniche e só ter tempo de tomar banho e fazer novamente as malas, quarta a minha M. esperava-me de tenda às costas e farnel para dias de guerra ( é o que faz ter mamãs que se preocupam mesmo mesmo muito). Saímos de Lisboa na tarde de quarta e fizemo-nos à Invícta. Passámos por Ermesinde, a terra das "gaijas" boas e jantámos no Porto na companhia de pessoal excelente. Deixem que vos diga uma coisa que é, deveras, importantíssima, eu por muitos anos que viva e por muito alfacinha que seja não posso negar as minhas origens absolutamente nortenhas e é tão estranho e de uma beleza tão rara ver as gentes do norte que são tão hospitaleiras e genuínas que apetece não mais voltar de lá. Agradeço do fundo, mesmo, ao S. e à M. por tudo. Apartes à parte, fomos a um bar na ribeira de Gaia com o belo nome de "Guincho do Jones", impecável, Pearl Jam como back sound (que mais se pode pedir minha gente?!) e "cacahuetes" por entre mini canecas de cerveja, amorosas e martini rosato. Longas conversas, 4h30m da manhã, hora de ir dormir, por pouco que seja, mas não sem antes percorrer o Porto de uma ponta à outra a pé fazendo a módica quantia de dez km em 1h30m! É verdade, eu confirmo! Desde Gaia à Casa da Música sempre a andar, sempre a subir e um Porto nocturno que tem tanto de negro como acolhedor no seu orvalho silencioso. Passei por alguns amigos que não pude ver, com muita pena minha, mas fica para breve, uma promessa. Depois de dormirmos algumas horas, fizémos a melhor salada do mundo, hahahaha, a sério! Toda a gente elogiou a salada e, estava mesmo, divinal. Paredes de Coura, finalmente!!! Lama, caminhos de cabras e muitas coisas às costas, montámos tenda e fomos à descoberta: ponte do tralho, que tal como o nome indica é onde o pessoal tralha descomunalmente, é de partir a rir, pessoal de chinelinho no pé e andar gingão cair naquelas tábuas de madeira; jazz na relva, poesia demasiado "sugestiva" e dias quentes com noites frias, muito frias. Acampámos no (desculpem a expressão, mas não há como dizer de outra forma) cu de Judas! Era precisamente onde já havia a tabuleta a dizer "proibido acampar!", uma clareira com vizinhos muito simpáticos, vacas e bois pela manhã, aranhas de todos os tamanhos e gafanhotos pela tarde. Quatro dias de concertos non-stop, bronze, banhos de água fria, conhecer pessoal novo e excelente, ter dores abdominais para uma semana de tanto e tanto rir, mas mesmo mesmo muito! Acordávamos a rir e adormecíamos a rir. Os Editors, dEUS, The Mars Volta, Thievary Corportation, Sex Pistols e Wraygunn foram os pontos altos, muito muito bons com direito a micro moche, frases míticas como "SAI DAÍIIIIIIIIIIIIII!", "FOOOOOOOOOODASSE!" e "É DEUS!" fizeram o deleite de quem ouvia o nosso grupo maravilha da parvoíce congénita. Noites de luar a cantar à viola, ver estrelas cadentes, curtir o after hours, ver pessoas que não se espera encontrar, conhecer a vila, apaixonarmo-nos cada vez mais pela nossa terra, pelas pessoas que tem e por quem tenho à volta, a M. têm-me, detêm-me e faz-me brilhar os olhos pelo brilho da alma que qual pirilampo, fosforece mais e mais cada vez que me vejo perto dela. Os meninas e meninas que conhecemos, faziam chorar as pedras da calçadas mas de boa disposição, tivémos tudo, sentimo-nos demasiado bem com o mundo e com tudo. Éramos um, todos com o mesmo propósito, aproveitar ao máximo o tempo em conjunto e o facto de termos uma pulseira no pulso que nos guiava até à realidade de cada vez que achávamos que levitávamos de felicidade. Gostei, adorei, amei e rendo-me ao simples facto de existirem momentos de puro deleite. Um obrigada sentido aos que acompanharam esta quimera e um até já, prometido. Voltei, tomei banho e conto agora a ínfima parte da história que me fará brilhar de cada vez que a recordar. Outras coisas virão e eu digo, a plenos pulmões, que te amo. Deixo-vos com...dEUS.