sábado, maio 23, 2009





Saturday morning, quiet and nice. Music´s on. House tidy.
"I´ll do the breakfast today, ok?"...
"Here you go, proper English breakfast".
..o.O...
"This is what british eat for breakfast?!"...
"Yes! eat it, it´s lovelly!"...

And so I did, and yes, it was lovelly!



Post Scriptum - Recomenda-se que tome SÓ o "pequeno-almoço" nesse dia!

domingo, maio 17, 2009





A efemeridade das coisas é, verdadeiramente, assustadora. Folheio este caderno como se se tratasse de uma "impressão" recente. Completa, este ano, o quinto de existência nestas mãos irrequietas.
É aterrador pensar, recordar, que o passado aqui cravejado, já foi, o meu presente, e era tão intenso. Acho que me apaixonei mil e uma vezes, algumas pelas mesmas pessoas e sim, existências há que tatuadas me estão. Quanfo me atrevo a separar o cetim bourdeaux da capa e da contracapa é como se a cena se repetisse vezes sem fim, little miss V., sentada à beira de um lago absolutamente calmo, cristalino e silencioso. A neblina paira sobre as águas "dormentes" deste lago, o horizonte é desfocado, mas não confuso. Quando folheio estas páginas é como se pusesse nas mãos da menina de olho claro uma mão cheia de pedras e pedrinhas. Manda-se uma, a água mexe, duas, a água respira, três, o ruído invade o silêncio quase sagrado. Quatro, cinco, seis, sete pedras depois...formam-se ondas, levantam-se ventos, revoltam-se águas adormecidas e... E a ânsia assusta, as mãos precipitam-se para fechar o cofre de memórias que um dia não o foram. Tenho um receio enorme de chamar passado ao presente, e não sei se quero saber do futuro se para isso tenho de abdicar de alguns "presentes". Simplesmente, porque tudo é, inevitávelmente, efémero...



Post Scriptum - Mind scraps of the notebook.

terça-feira, maio 12, 2009





Não, não é fácil acordar às 6h da manhã. Não, não é fácil fingir que correr para o autocarro que nunca mais chega é agradável, tal como não o é correr para o comboio que não quer arrancar. Não é fácil ser crescida e ter responsabilidades. Não é fácil (ainda) não ter dinheiro para uns Manolo´s, ou para comprar a porra da TV lol, o degredo do pessoal jovem que tenta orientar-se.
Mas que importa se tenho de me levantar cedo, se tenho de correr ou parar para apanhar os transportes que me levam ao sítio fofo que me deposita money money na conta conta no final do mês mês? Não importa nada, não custa, absolutamente nada, porque levo a minha mão agarrada à tua, porque penso em ti e em ti, todos os dias. Porque posso deixar-me adormecer no teu ombro e despentear-me nos teus braços e ouvir sempre, depois do dia que nos matou o tempo, baixinho ao ouvido um "goodnight V.".
No outro dia resolvi arrumar a minha colecção de sapatos, não pensei serem assim tantos, até que os contei...e deu o bonito número de não 67, não 69, mas sim, 68 pares de sapatos! É!
Por isso, até ter os meus Manolo´s, contento-me com um dos 68 pares e com o LCD HD (ai que maricasssss!) fofinho fofinho.


Post Scriptum - La Vie en Rose


sábado, maio 02, 2009





Nós não somos maus, eles é que são porcos e feios!


Há momentos fofinhos em que nada à volta parece ser assim tão importante. É tudo tão tão colorido que mesmo quando tiramos a foto a preto e branco é preciso sacar dos óculos-escuros para as cores não ofuscarem. Somos ricos? De longe...mas que importa?...Nada, absolutamente nada.
Eu tenho uma colecção de chás. Tenho. E gosto de os partilhar com quem me aquece a alma, porque eu sei que o chá tem o poder de aquecer almas e corações. Com cada um partilho um chá diferente. Gosto de pensar que a minha colecção de chás é uma metáfora para a minha família, a que eu escolhi, os meus eternos apaixonados, a quem trivialmente chamam de amigos. Tenho o chá de Alfazema para os bolinhos de gengibre da L. (o meu anjo), o chá verde manga para os crepes da M. (a minha alma companheira), tenho a cidreira para a B.(a minha fada), o preto para a T., (o meu ursinho carinhoso). Todos de mexem com a mesma colher, com a mesma dose de açúcar amarelo, com o mesmo mel. Amanhã é dia de tarte de maçã, de pôr o chá no bule japonês e deixá-los arrefecer na varanda dos fins-de-tarde quentes de sol e sentimento. Até amanhã.