segunda-feira, julho 30, 2007

David Fonseca - Superstars

Do you remember me? I was the one who held you trough...

domingo, julho 29, 2007


Um mar, um mar que criei, veio de mim...
Um mar, um mar onde me tento salvar, onde tento não me afogar...
Alguém, só esse alguém, que me pode salvar...
Ausente, vou estar ausente, estou ausente...de mim...

sexta-feira, julho 27, 2007


Enrolo o meu cabelo para te agradar, sei que gostas dos cachos claros que se dependuram da minha farta cabeleira. Menta e mandarim, leite de arroz e rebentos de bambú, aquele toque oriental que denotas sempre no meu odor corporal. Visto a blusa riscada de roxo e os calções marron que acusas serem um pouco curtos, os sapatos, aquela perdição de sapatos de verniz que me alongam a perna amorenada. Já não nos vemos à duas longas luas, tenho saudades. Estico a franja e contorno de negro os olhos rasgados. Solto o cabelo, a fera foi liberta, um emaranhado de ondas e caracois que apetece agarrar. Sinto-me bonita de novo, para ti, por mim. O casaco curto complementa o conjunto e os lábios rubros de ruge anunciam a minha chegada. Espero que gostes...

Olá, cá estamos nós outra vez

Cá estamos nós outra vez, porque gosto, porque admiro, porque anseio e ouço...enjoy...

segunda-feira, julho 23, 2007


Parece que me tocou a febre das casualidades pela mão da menina Kátia, a minha Margarida haha.

Aceito o desafio, não sou de decliná-los, não sei que poderá sair daqui, mas como em tudo o que faço, "prognósticos só depois do jogo"...


1. Casualmente a médica disse à minha mãe "ou a senhora está grávida ou tem uma doença muito grave...", a minha mãe respondeu..."bem, tendo em conta as hipóteses venha a criança...". E efectivamente aqui estou, depois de numa noite mais que chuvosa de Novembro decidi nascer para a estrela polár às 21 de 21.


2. Casualmente cresci com os meus dois irmãos, sendo a figura mais paternal que tive o meu irmão mais velho e sempre fui o copinho-de-leite, muito protegida, muito mimadinha ( não no mau sentido, odeio crianças mal mimadas). Pensava muitas vezes se tinha vindo parar ao ninho errado já que o meu irmão mais velho é moreno de olhos escuros, o meu irmão do meio ruivo de olhos mel e depois eu, o et, loira de olho claro. Sempre às turras pelo cabelo de fogo do meu irmão e pelos meus olhos de água que ele queria e chama.


3. Casualmente aos 17 anos a minha vida mudou muito, era uma menina ingénua que nem conhecia a expressão "ganza" ( sim eu era mesmo ingénua!). Mudei de ares, conheci novas pessoas ( fiquei a conhecer o que queria dizer ganza, mas fiquei por ai mesmo lol), conheci alguém a quem gosto de chamar "mestre" e que me dá imenso gozo saber que o tenho onde o tenho e respeitando como respeito. No espaço de quatro anos passei de menina ingénua a ganhar o apelido de "Vanessa estás fria..."...irónico.


4. Casualmente levei imensas chapadas, imensas festas e dessa orgia de sentimentos surgiram aquelas que tenho hoje por "essencials", a minha Lara depois de 10 anos é aquela pessoa que porra nunca me falhou e que porra sei que nunca me vou queimar e por ela ponho a mão onde quer que seja, está no que se chama de pedestal. A minha Bárbara, a minha fada da noite, dos contos mágicos e gargalhadas nocturnas na relva de outrém. A minha Mariana, que é a minha musa inspiradora e a minha "gargalhómetra".


5. Casualmente sofri algumas desilusões fortes, porém a maior que sofri arrastou-me para o fundo do poço, afoguei-me por 3 dias e depois alguém me puxou, esse alguém fui eu. Tenho uma ferida aberta, e a cicatriz é muito ténue, mas mantenho-a assim porque tenho de a manter.


6. Casualmente decidi ser médica, descobri no 10º ano que não conseguia ver sangue. Mesmo assim fiz até ao 12º e depois decidi seguir jornalismo, tudo a haver, contudo, sem dúvida, a minha grande paixão. Comunicação, escrita, música, audioviuais, tudo no mesmo, tudo o meu mundo. Casualmente conheci pessoas que me fizeram abrir ainda mais os olhos e que hoje digo sem preconceitos "adoro-te, simplesmente porque sim".


7. Casualmente...porque ainda te respeito.

Casualmente, os sete estão aqui. O resto fica (muito) por contar.


Agora marco: Elsita, Coisas Minhas, Apatia, Simpatia. Sim., Year Zero, Uns têm coisas interessantes...outros não!, The life as a popcorn e Palnhinha no Café.


Enjoy...

sexta-feira, julho 20, 2007


A casa era antiga, coberta de tapeçarias da Índia e ornatos orientais. O soalho rangia, talvez condescendente com ela, o que só tornava aquele fim de tarde mais sombrio. "As pessoas tendem a atribuir o seu estado de espírito ao tempo...se ao menos assim fosse...", pensou ela que se sentou na mesinha da janela, aquela cheia de papeis e recordações partidas. Viu que o sol estava quase a meio do horizonte e o vermelho já se trocava pelo azul-escuro lá longe, então acendeu o pequeno abatjour de vitrais, que fazia da sala uma paleta de sombras coloridas. Não falava com ninguém , havia anos que já se cançara de tentar explicar aos outros porque chorava ela, porque tinha um sorriso triste e uns olhos lúgrubes de saudade. De vez em quando ele vinha, tomavam um chá, comiam bolinhos de gengibre feitos no velho fogão de lenha que ela mantivera da mãe. Depois molhavam os pés na relva fresca do jardim, ainda orvalhada, subiam as escadas entrelaçados em longas respirações e deixavam-se vencer pela lúxuria no último degrau. Costumavam acordar na cama debaixo da grande manta de lã e respiravam o cheiro a lavanda dos lençois de linho. Depois ele saia, "tenho de ir, sabes porquê" dizia ele, "voltas? hoje? faço qualquer coisa boa para nós e abrimos um da garrafeira velha...", replicava ela sempre esperançosa.
Tomava um duche longo enquanto ela enrolava os caracois soltos na ponta dos dedos, ainda não tinha perdido o tom enrubescido das faces livias, trincava o dedo de felicidade por o ter ali, passageira, bem sabia, mas mesmo assim, felicidade. Depois leváva-o até à porta embrulhada no seu longo robe de seda pálido e roubava-lhe um beijo sempre temendo ser o último.
Ele não sabia, sempre que ele se ia embora ela chorava, chorava por o querer ali e não o ter, por ser sua mas não tê-lo, por amar...por dois.
Já o sol se tinha posto e, agora, os vidros coloridos sobre a lãmpada aquecida iluminavam-lhe os olhos que hoje decidiram ser cinzentos. Nascera com um estigma bom, sempre que o tempo mudava os seus olhos mudavam com ele. Quando o dia estava muito solarengo e veranesco o verde invadia-a, quando estavam dias de primavera bem frescos o azul era a sua companhia e nos seus tão desejados dias de inverno, o cinzento dominava. Pegou no seu caderno encadernado de cetim bourdeux com a palavra "Notas" debruada a prata no cimo da capa e começou a escrever, a única coisa que ainda mantinha por prazer. Era uma espécie de diário, onde ela, secretamente, para si mesma contava o que sentia, explorava os seus demónios e excomungava sentimentos. Apagou a luz, o bréu invadiu a sala, invadiu o espírito, já não sabia de que cor eram os seus olhos...achou que não valia mais a pena. Estava tudo pronto, tudo satisfeito, o fogão dera já o toque de que os bolinhos de gengibre estavam no ponto, o chá já estava a arrefecer na chávena a embeber o pequeno saco de ervas e a manta e o lençol estavam no sitío certo. Ela não tinha mais porque continuar ali, ela era só um ponto de interesse no inteneráio para casa, pois era para casa que ele voltava sempre. Bateram à porta, a porta não abriu. O telefone tocou, não foi atendido. O coração chamou, não foi correspondido...o amor havia-se esgotado, e com ele...e
la.
In Mind Scraps, by Vanessa

My kinda of sounds...

terça-feira, julho 17, 2007


Reparas-te no meu cabelo? Estava cheio de caracóis, daqueles rebeldes...como ficam depois de uma estadia na cama., principalmente sob o calor de uma noite na planície...
Reparas-te como estava mais claro? Era da praia e do nascer-do-sol que vimos numa manta rota do sul...
Reparas-te? Ok, desculpa...
Esqueci-me de que não falamos dessas coisas...esqueci-me que ligas mas não falas sobre isso...ou que assim gostas de mo dizer...
Esqueci-me de como sou a tua tinta da china, refinada e de traço confiante que repousa no tinteiro à espera que escrevas com ela...
Esqueci-me de como é gostar de ti...de como tu gostas de mim, de como dizes gostar de mim...ou, simplesmente, como não o dizes...
Lembras-te? Eu tenho medo de esquecer...
Reaviva-me a memória quando morrer...faz-me esse favor...

Naked As We Came - Iron and Wine

And it makes me wonder...

segunda-feira, julho 16, 2007


Holy who?...days...Holydays...

Post Scriptum - The Eternal Sunshine Of The Spottless Mind

Relembramos os autocarros das madrugadas, as conversas tardias em relvas molhadas de amigos, os passeios diurnos pela nossa Lisboa e a companhia constante...a Vogue ao jantar e a janela do pôr-do-sol...as parvoices dos homens bolacha e a colecção de sapatos e malas...relembramos a loira e a ruiva...relembramo-nos...adoro quando o fazemos, adoro sentir-me em casa, em ti, minha Bárbara*

Por momentos tive uma máquina do tempo, por momentos eu voltei a ser eu e tu voltaste a ser tu...por momentos recordámos as noites de conversas longas e despreocupadas de calor...
Desejaste-me as boas sortes, a minha perna não se partiu...gostei, acalmei, tens esse poder em mim. Falo como uma apaixonada, sou, confesso, não há porque esconder. A minha paixão jaz em 2004, a minha paixão sobrevive num sentimento maior, já passou a barreira e subiu a fasquia porque o que se invoca aqui é eterno. Gosto de te poder chamar amigo, sem pudores ou ardores, porque o és. Não há maior elogio, amigo. Gosto-te...


segunda-feira, julho 09, 2007

domingo, julho 08, 2007


Hoje tenho medo...
Hoje preciso que me soprem ao ouvido "sabes o que fazes, amanhã vai ser brilhante..."
Hoje sinto-me desamparada num mundo de três desamparados, todos fruto do mesmo desamparo...
Hoje preciso de ti...
Hoje preciso de mim...
Hoje gostava de saber onde ando...
Hoje só quero sentir...
Hoje só quero tirar este frio da barriga...
Hoje só quero...
Só te quero...
Para mim...

quarta-feira, julho 04, 2007


Tou com saudade de você
Debaixo do meu cobertor
De te arrancar suspiros
Fazer amor.
Tou com saudade de você
Na varanda em noite quente
E do arrepio frio que dá na gente
Truque do desejo,
Guardo na boca o gosto do beijo
Eu sinto falta de você
Me sinto só
E aí, será que você volta,
Tudo à minha volta
É triste.
E aí, o amor pode acontecer,
De novo pra você,
Palpite.
Tou com saudade de você,
Do nosso banho de chuva,
Do calor na minha pele
Da língua tua.
Tou com saudade de você
Censurando o meu vestido,
Das juras de amor ao pé do ouvido,
Truque do desejo,
Guardo na boca o gosto do beijo.
Eu sinto a falta de você,
Me sinto só
E aí, será que você volta,
Tudo à minha volta,
É triste.
E aí, o amor pode acontecer,
De novo pra você,
Palpite.

terça-feira, julho 03, 2007

O japonês estava óptimo, o chá verde a acompanhar aguça-lhe sempre o gosto a especiarias. A piscina estava fresca, não fria mas sim fresca, o vento rompia o olhar cristalino gelando-o. Os aguaceiros fechavam-se, agora, sob um sol revolto e Sintra foi a meta escolhida da noite. O "Café da Vila" intacto, com o tipíco cappuccino que me delicía a âmago e o cheiro a madeira envelhecida que me reportam para memórias ainda não vividas. As chaminés testemunhavam os sorrisos felizes e o nitrato de prata marcava o momento para a eternidade. Subimos a serra numa de aventureiros noctivagos e o medo arrepiou-me a espinha de adrenalina. A neblina envolvianos e o ar inconfundível a puro invadianos os pulmões. As fontes sempre me fascinaram, o som da água faz-me sentir deliciosamente bem, o seu toque refresca-me a pele enrubescida.
Por entre fantasmas que aparecem e desaparecem como que brincando com quem deles se inspiram, parámos numa pequena loja que dizia "relíquias e antiguidades ciêntificas" e deliciámo-nos com bobines antigas, frascos de ingredientes e mapas amarelados.
O carrocel encerrou o ciclo e a noite continuou como se não houvesse amanhacer para picar o ponto. Sintra detem-me por inteiro.