quinta-feira, outubro 30, 2008




O meu amor tem lábios de silêncio
E mãos de bailarina
E voa como o vento
E lábios de silêncio
E abraça-me onde a solidão termina

O meu amor tem trinta mil cavalos
A galopar no peito
E um sorriso só dela
Que nasce quando a seu lado eu me deito

O meu amor ensinou-me a chegar
Sedento de ternura
Sarou as minhas feridas
E pôs-me a salvo para além da loucura

O meu amor ensinou-me a partir
Nalguma noite triste
Mas antes, ensinou-me
A não esquecer que o meu amor existe

O meu amor existe, Jorge Palma


Post Scriptum - No doubts pumpkin


sábado, outubro 25, 2008

Autumn, the colours that came along...





quarta-feira, outubro 22, 2008


Semana de mimos no colo da M. e fim-de-semana de mimo no Norte...é um mimo, mimo, mimo, mimo...inté.*

sexta-feira, outubro 17, 2008




O universo tem ideias bastante interessantes acerca do equilíbrio. Não falo do físico, porque todos sabemos que uma maçã pode ou não flutuar, depende é por quanto tempo e a força com que se atira, e claro, em quem vai bater. Mas a massa encefálica cinzentinho nublado não se cansa de achar o pequeno músculo irrequieto vermelho incerto no que toca a questões de Newton. Não se trata de uma inconstância ou dúvidas emocionais, não, de todo, trata-se sim, da maneira esquisita de como se consegue o fabuloso, genial, cruel, ardiloso e sufocante equilíbrio do cosmos. É-nos dada uma prenda que já não recebíamos há muito, deleitamo-nos com ela até à última rapadela e depois ela acaba, sentimo-nos absolutamente saciados e ousamos pensar "It doenst get much better than this, does it?". Um fim-de-semana memorável seguido por duas semanas de breu no código de vestuário. Primeiro comigo, depois com a minha querida M. Pensamos na velha questão do copo estar meio cheio ou meio vazio. Tivémos um fim-de-semana digno de nirvana de modo a compensar o que viria no seguimento do mesmo ou por termos uns dias divinais algo de mau aconteceu para equilibrar a balança. De qualquer das suposições convenhamos que está extremamente mal distribuído e se houvesse realmente um advogado do Diabo eu contratá-lo-ia para perceber algumas questões "jurídicas" relativas ao nosso querido Deus. Mas como acho que adormecia sempre na parte dos desígnios de Deus na igreja, saltei essa parte importantíssima (por sinal) dos ensinamentos da nossa adorada, imparcial e altamente justa Igreja. Prefiro pensar que é impossível controlarmos linhas de vida, senão para quê existirem as três Parcas não é? Tem da haver algo ou alguém que nos teça o fio da vida, decida o seu comprimento e o corte. Interessante ver fios lindíssimos tão curtos que não podemos contemplar a sua beleza na totalidade. Mas, citando a frase de mais sensibilidade e apego que ouvi ao longo de todo este belíssimo processo a que se chama de "luto" e recorrendo à nossa mais fiel e verdadeira língua, o calão, recordo o "toca a todos!". É de fazer chorar as pedras da calçada esta frase digna de alguém com o equivalente emocional de uma colher de café. Não há qualquer tipo de preparação para se lidar com a falta de alguém, esperada ou não, podemos sempre contar com "the gods may throw the dice, their minds as cold as ice".






Post Scriptum - Extravaso momentâneo de incapacidade de cognição a nível cósmico.

sábado, outubro 11, 2008





Meias de renda até ao joelho, vestido de Outono, gabardine preta, sapatinhos de cetim preto e olhos tristes. No dedo levava o presente que lhe fora dado dez anos antes, o que com mais apego guardava. Desde aquele dia de chuva em Novembro em que apagou as velas do seu décimo segundo aniversário que o pôs, o anel da serpente com cristais incrustados. Achou-o lindo, achou-o único, soube-o único. Nunca mais o tirou, andava sempre com ela, anda sempre com ela. Fora-lhe oferecido pelo seu padrinho, o irmão mais novo da mãe, quem ela adorava.
Dez anos depois, no mesmo mês em que faria uma década que a sua avó falecera, ela voltou a vê-lo, o mesmo que lhe havia oferecido o anel. Os olhos tristes, em comunhão com os sapatos e gabardine, ditavam o sentimento e a sua alma naquele dia, negros. Tinha ido vê-lo, mas para nunca mais o ver. A igreja estava silenciosa, o cheiro característico da mesma pronunciava-se, cera derretida misturada com flores frescas e madeira antiga. O silêncio era quebrado por lágrimas, passos cautelosos e pelo vento que soprava lá fora. Não teve coragem de o ir ver, contemplou de longe o rosto tapado pelo véu de renda e lembrou-se da cara dele no dia do seu aniversário, não podia, não conseguia estragar essa imagem magnifíca. As lágrimas tentou contê-las, apercebeu-se ser em vão, tinha uma mãe consumida pela dor e um irmão que nunca vira chorar antes, que agora tinha os olhos vermelhos e um semblante demasiado triste para descrever. Achou toda a cena inóspita, achou-se pequena, minúscula. Não sabia o que fazer. Ouviu o irmão ao longo de todo o dia que lhe contava que eles haviam crescido juntos, que recordava as brincadeiras e travessuras, separavam-nos três anos. A revolta estava presente, o porquê, justiça divina posta em causa e corações vestidos de preto para a sua despedida. O caixão foi aberto, os óculos escuros previamente postos, as lágrimas eram incontroláveis, silenciosas, lancinantes e assustadoras. As despedidas foram feitas, mas nunca são, nunca ninguém está preparado. O caixão foi fechado, trancado com uma chave e baixado num último adeus. Os olhos vermelhos, as feições fechadas e tristes, todos voltaram às suas vidas, com a recordação de que naquele dia uma data seria assinalada para sempre. Para ela, a menina de olhos claros, limpidos, cristalinos e de uma cor lancinante pelo choro, o dia em que o seu padrinho fora enterrado e varrido da fisicalidade da sua vida. Lembrou-se que estava bonita, porque quis estar assim, para o padrinho a poder "ver" assim, linda como ele a lembrava. As meias rendadas foram tiradas e dobradas, o anel continua no dedo e de lá não mais sairá, da vista da menina que o guarda no dedo e no espírito.

Post Scriptum - Not in a mind scrap.

segunda-feira, outubro 06, 2008

Eu podia contar como foi, mas foi tão altamente genuíno, puro, doce, lindo e magnífico que qualquer coisa que dissesse nunca faria juz ao verdadeiro que guardei comigo num quadro de bambú, por detrás do vidro imaginário que envolve a caixa frágil que chamo de coração...
Deixo os momentos nitrato de prata...



Post Scriptum - Obrigada não chega, mas amar é único...absolutamente único...



quarta-feira, outubro 01, 2008





Once upon a time in a beautifull moonlight night, inside an old oak wood country house painted yellow, a tear dropped heavily on the wood floor. It was not the only one, more were to come. She was wearing a soft red cardigan her mother had nited when she was about her age, it had a red silk string around it with little pon-pons in the end, sealed with cherry buttons. Long, shiny, curled on the end, hanzel hair, matching those big, brigth, expressive honey eyes. She was the dool her mother always wanted, and got. It was no Shakespeare novel theme what brought her to tears on that silent night, was nothing important in fact. "Happens everyday.", she thought to herself. "A broken heart? I´m suffering from a bronken heart?!", she couldnt believe it! "ME?! Not me! I dont buy that stuff, how could it?!"...But she did, she had fallen in love, the forbiden thing she difined for her. No good is to come from a pulsing red heart, it becomes egocentric, blind and def, it will pay not attention to nothing but the one who calls for it. She lived her dream, she believed that could be the one, there was nothing or anybody who could talk her off. She was right, until the voice across the fire lighted room talked, through the orange flaims and instant stars shining in the cold, now warm, fireplace. "I tought you meant to me more than you do, this is an ending, with no return.". There was no reason at all, it came from nothing, just like the love they once felt. But there was a catch, the past tence only was applied to him, because the girl with rosie chics still felt the blood boiling with love. There were no words, the "...no return." was, indeed, a no return, she had her pride, and like a wonded panther she would stay and lick her wounds, not talking, not moving, just letting her express the only thing she could not control, the amount of liquid feelings she was now poring through her blood rayed eyes.
He left, the door was closed, the yellow woody house felt the warmth go, slowly has the fire would crumble into ashes... her name, is Fenix.