segunda-feira, novembro 26, 2007


Passou, custou. Deu trabalho, recolher uma paleta de amigos cada um mais diferente que o outro e, mesmo assim, ser uma noite fantástica. Depois de tomar o restaurante como nosso com uma mesa de mais de 20 e muitas barrigadas de riso, fotos, licores, charutos, martinis e casinos, confesso que foi muito mais do que esperava e se o calor humano se visse era gigante, sentiu-se e era um universo. Provas de vinhos, Jaguares e jóias, moscatel de 20 anos, Porto de 22, teatros físicos e chás orientais de um Pavilhão chamado Chinês com deleite de chocolate vianense e natas. São as companhias que nos enchem a alma, a minha está cheia. Devia tomar um alkaseltzer, mas vou deixar estar, afinal...não se "come" assim todos os dias...

quarta-feira, novembro 21, 2007


Porque hoje a estrela polar me pertence, porque hoje se completa um ciclo de 21 em 21, hoje eu nasci.

segunda-feira, novembro 19, 2007


Não costumo fazer isto, até porque se "conto" alguma coisa aqui é porque tenho de transpôr mesmo esse sentimento para o suporte escrito, mas hoje, definitivamente tenho de extravasar este "furacão" interno...
As pessoas vivem as suas vidas, nascem, crescem, namoram, acabam, encontram o amor da vida delas, ou não, casam, ou não, têm filhos, ou não, envelhecem ( neste não há um ou não!) e pronto, adeus bom dia que eu já tenho bilhete só de ida! Até aqui tudo bem , perfeitamente normal, é como dizem "what happens in Vegas, stays in Vegas!", o que cada um faz da sua vidinha fica marcado na sua vidinha e só interessa na vidinha. Também já percebemos que as nossas vidas são um "Coupling" interminavél na qual temos endless relações com imensa gente, relações de todo e qualquer tipo, desde o "Bom dia!" à senhora da padaria ao "Amo-te" de entre lençois. Mas o que me chateia aqui ( e isto é a ponta do icebergue, mas não vou começar a dissertar sobre o quanto me chateia a infétida raça humana) é quando eu, aqui a criança, aqui a gaja, aqui a croma, tem de levar com culpas, cartórios, sentenças e dedos apontados por ter feito o quê? Nada! Rigorosamente nada! A vida está má? depende da perspectiva, se vos parece má talvez tenham de parar de olhar para o telescópio ao contrário! Já percebi que isto não é fácil, é um jogo que implica até muita inteligência, paciência e coisas afins, mas não me venham chatear a minha quando quem criou o problema não fui eu. Tenho cadastro? Não sei, depende se há alguém lá em cima, ou lá em baixo a controlar as coisas ( não sei se deva ficar feliz com o facto de existir...medo...) mas eu fico na minha. O dia inclui chuva, dores de cabeça, uma veia no pescoço a latejar por entes vivos licenciados em "chatisse crónica" e a impossibilidade de ver a minha série favorita.
Sem mais assunto me despeço ( a não ser o desculpem pelo desvario),


Vanessa Lourenço

terça-feira, novembro 13, 2007

Madonna - Justify my love

Até aos dias de hoje, fascina-me...enjoy...pancas pancas...


Em certos casos, quanto mais nobre o génio, menos nobre é o destino. Um pequeno génio ganha fama, um grande génio ganha descrédito, um génio ainda maior ganha desprezo; um deus ganha crucificação.

Fernando Pessoa


segunda-feira, novembro 12, 2007


Disseram-me uma vez que quando o relógio apresenta o mesmo número separado pelos dois pontos separadores e nós olhamos para ele nesse momento, é porque alguém algures está a pensar em nós. Esbocei um sorriso quanto ao facto, é raro acontecer-me, mas quando acontece é, irónicamente, sempre às 21h21, hoje aconteceu-me. A minha hora é, portanto, as 21h21, porque pelos vistos sou regida sob este número que me persegue desde que nasci no 21. Hoje, estiquei o cabelo, porque me apetecia, nunca soube se o preferes encaracolado ou liso, se gostas de brincar nos meus cachos ou de agarrá-lo quando está escorrido. Sei pelo menos que hoje, me sinto assim, bonita, para ti. Dizes-me se estou? Não sei, nunca o dizes, ou dizes por outras palavras, umas que dissimulem o rubro das tuas faces quando esboças um pseudoelogio. Eu sei quando ouço em pensamento "estás linda", mas às vezes gostava de o poder ouvir dizer desses lábios que me arrebatam pensamentos libidinosos e me fazes corar só de pensar que os pecados são para se cumprirem. Aguardo no escuro, no incenso de café, a tua hipotética chegada, porque hoje, mais uma vez, és fruto da minha imaginação, porque hoje, mais uma vez, estou sozinha.

quinta-feira, novembro 08, 2007

Nostalgias parvas...Janie´s got a gun...


Comprei incenso, desta vez de cheiros que reportam para o reconforto quente, Butter Rum Cake, Cappuccino Coffee, Chocolate Moccha e Vanilla Bean. Chego a casa, já de noite, penduro o casaco, pouso a mala na cadeira de verga, aquela que a mamã me deu quando tinha cinco anos, ás vezes ainda me sento nela, o som da verga lembra-me a infãncia. No quarto esperam-me o roupão quente em cima da cama, feita de lavado, ligo o maldito vicio do computador, acendo o incenso, desta vez cappuccino coffee. Ligo a água, ponho música, jazz ou café del mar, deixo cair o roupão e mergulho na mistura de sais e óleo de ameixa, a excomungar stresses e espiritos interiores revoltados. Deixo-me vencer por uma alma irrequieta que teima em usar do seu cordão de prata e a água quente do banho é o portal perfeito para mundos desconhecidos, os meus. Renasço de pele engelhada, tiro a tampa da banheira e deixo-me ficar até à última gota resolver desvanecer-se. A toalha roubada do aquecedor e o meu quimono de seda escorregam no óleo de ameixa, e eu sinto-me retornar de um longo, longo, longo caminho.
Por entre baldes de tinta verde e cian escuro e rodapés e cera para o chão, o pesadelo de alguém que altera o quarto, cinco idas (in)voluntárias ao AKI por dia, o que é um pequeno salto para a loucura, quase oito dias depois de ter pegado na minha malinha e ajudado nesta quimera do design, voltei. Saudades, muitas, do cheiro da minha casa, das fotografias imóveis das molduras, do relógio de parede, o que trouxe de Paris, que parece roubado de King's Cross, das visitas obrigatórias, e estas, voluntárias aos pedaços de vida que adoro ler, os blogs. As fotos de um Outono tardio, de lembranças de cabeças antes amarelas, dos mesmos olhos, mais brilhantes agora que o Inverno chegou.
Sentes o cheiro? Cappuccino...

Sweet November...