Long time no see...
Revisito este lugar virtual de quando em vez e viro as páginas da alma que por aqui ia escrevendo e é, assustador. Olhar para os anos e meses que aqui ficaram gravados é quase como roçar a bipolaridade.
É um cliché, convenhamos que sim, mas eu nunca imaginaria que em meia-dúzia de anos tanta novela mexicana, venezuelana, brasileira, inglesa e portuguesa se passasse. Mas é suposto ser assim, certo? Olhar para trás, ficarmos surpresos com o que vemos e aprender com tudo o que aconteceu.
É um ciclo vicioso, vai acontecer o mesmo a cada ano que passa e cada vez mais com o juntar dos anos, haverão sempre mudanças, pessoas que deixarão de existir na nossa existência e lugares que guardaremos como memórias que assim permanecerão. Não há nada de fatal ou deprimente neste raciocínio, há um aceitar, um compreender que a razão de aqui estarmos é a de passarmos por novas quimeras, novas dores e sobreviver a tudo isto com a maior calma e classe possível, porque quando o último fôlego for libertado haverá um alívio imenso que se seguirá de uma ansiada ida a "casa", na qual não existe dor nem preocupações, quase como que férias de Verão e, onde também, teremos de mais uma vez escolher um novo "invólucro" para voltarmos a passar por tudo isto de novo e juntar ao nosso conhecimento, ao nosso livro de recortes mais e mais recortes. Não somos perfeitos, nunca seremos, mas somos tão belos na nossa própria imperfeição. Não acumular raiva nem rancores, é o mantra a reter aqui, porque estes dois sentimentos coíbem-nos de avançar, roubam-nos as cores e emergem-nos no silêncio que é o nosso ego. Calma e classe, só e apenas...