quinta-feira, setembro 28, 2006


No outro dia deparei-me com uma situação engraçada, eu sou muito observadora, e observei um cliché. Mas por ser exactamente isso, suscitou-me interesse. É como aquela história do "passa-nos" ao lado, mas realmente assim o é. Estamos já tão fartos de saber que a calçada tem padrões que não reparamos neles, estamos tão fartos de passar todos os dias pelas mesmas referências que não as notamos. Mas eu notei, greve de metro, algo absolutamente caótico para uma pequena localidade conhecida como Lisboa. A nossa sociedade é deveras egoísta, e eu estou nela, senta-se alguém ao meu lado não reparo, passa alguém no café, não reparo, eu subo as escadas e alguém as desce ao meu lado, no entanto, não reparo. Reparei na janela de um autocarro meia perdida pelo caos que tudo parece estranhamente organizado. Tudo corre de manhã, para o emprego, para a escola, para as suas vidinhas tristes e enfadonhas. Vestimo-nos bem porque parece bem, porque vamos fazer invejas às gajas e ser notadas nos gajus (vá lá, admitam...) e contudo partilhamos todos o mesmo fim.
Greve de metro, as ruas atoladas, percorridas por debandadas de pessoas stressadas por horários clautrofóbicos. Pareciam manadas em migração, todos ordenados e seguindo como que para o mesmo destino, desfasando-se apenas aquando das luzes coloridas citadinas, que ditam se o nosso destino é seguir ou ficar. Eu por cá paro sempre no amarelo...

1 comentário:

Anónimo disse...

Ishhhh

Texto digno de publicação na fnac! E mais não digo!

Por acaso gostei imenso o.O a jove tem jeito e tale e coiso!!

BeIjInHuXxX miGAh fOfUxAhhHh****