segunda-feira, agosto 06, 2007


Aha! Morri!...eu sabia que este dia havia de chegar. Afinal não há nenhuma luz, pelo menos eu não a vi. Menos mal, nunca me dei muito bem com a claridade, sou mais habitante da noite, quer dizer...era...
Foram 20 anos, foram giros. Fui tia três vezes, tive dois irmãos. Apaixonei-me, amei, não vou divagar quanto à reciprocidade do mesmo já que não a sei.
Tive amigos fantásticos, aliás, acho que nisso fui premiada, sairam-me os melhores, sem dúvida!
Conheci paraísos ( irónico estar a dizer isso agora....paraíso...haha), Odeceixe é fantástico. Paris, farto-me de falar de Paris, mas gostei, e também foi a primeira vez que andei de avião, por isso, dêem-me crédito. Nunca pensei que se tivesse de pagar uma taxa tão elevada por se amar alguém, então o custo é morrer?! Bem, morrer quando se esgota, quando acaba...é fofo...não tanto quanto imaginava, mas fofo.
Olha! Um interruptor! Eu sempre adorei interruptores...se calhar devia carregar nele...se calhar agora é a parte fácil, aquilo lá em baixo chato e chuvoso a que chamam vida e temos de passar por montes de burocracias para conseguirmos um "olá" e afinal aqui é tudo à base de interruptores, giro...
Divagar aquilo que me apanho imensas vezes a fazer...divagar...divago...é a minha veio artistica a dizer-me que existe, que eu tenho estas ideias parvas por alguma razão, para além do óbvio.
Acho que tenho um balão de ar dentro de mim que se enche de cada vez que sustenho a respiração por isto ou aquilo. Tenho medo. Medo que chegue o momento, aquele momento em que o balão, simplesmente, rebenta. E com ele vem um mar de choro, sorrisos, parvoices, mutilações emocionais e a simples certeza de que se está vivo.
Os pesadelos começaram a semana passada, tive uma conversa genial ( não seguida de um ataque de pânico) em que chegámos à conclusão que existe clinicas de reabilitação para tudo. Para pessoas que têm um problema com a droga ( não, não são drogados, têm um problema com a droga...lol), para os que têm problemas com o alcoól, até para os ninfómaniacos (mas porquê?!), contudo, não existe uma clinica de reabilitação emocional, heart-broken clinic, na pas!
Era giro, floffy, diferente e provavelmente o projecto mais bem conseguido de sempre! O Sr. Trump ia adorar...
Bem, agora a sério...eu tenho uma mente muito fértil (graças a Deus! haha) e como a parvoice toca a todos, acho eu, seguida de grandes doses de sarcasmo e ironia, apeteceu-me divagar.
Deu para isto, não tentem perceber, se se rirem é bom, eu de certeza que me estou a rir.
Porque tenho um grande doi-doi e porque algumas são verdade e outras não, hoje é assim.
Amanhã talvez o balão rebente...

7 comentários:

Kátia disse...

Eu preciso URGENTEMENTE ir para essa clínica,pois meu 'balão' em forma de coração está prestes a explodir.
Com sarcasmos ou não,com realidade ou não,gostei muito do seu post.Parece que leu meu pensamento.
Beijo!
P.S:Se vc resolver arranjar um sócio para esse empreendimento clínico saiba que serei sua cliente.Primeira,primeira!

Kátia disse...

Ah!Voltei pra dizer que gosto bastante dessas "bonequinhas" que decoras o La Japonaise.E que essa desse post,parece com você.Lindinha.

Lord of Erewhon disse...

Muito falam os «mortos»... :)

Dark kiss.
P. S. «Eu - também - Lucifer»... mas espero pelo Fim do Mundo... ;)

João Morgado disse...

Virão mais vinte. Não sei se serás tia mais três vezes e se terás mais dois irmãos. É pouco provável. Mas voltar a amar - seja lá o que isso for -, voltas de certeza. Sabes porquê?

Simples

Tu, meu "excelentíssimo Raposo", és "um daqueles de além-mar". Atlântida talvez?

Quanto aos ataques de pânico...Aconselho! O que é do génio sem um pouco de sofrimento?? Ahahahah

Algumas cicatrizes podem nunca curar por completo, mas existe sempre mais pele por onde arder.
***

AmSilva® disse...

não condenes todos os amores porque um te fez sofrer, não condenes todas as rosas porque uma te picou, por falar em rosa, olha a belez que ela tem nas suas delicadas petalas, linda não é? agora observa os espinhos que ela tem no caule...
sabes que não falo por falar, ainda nãp ha muito tempo tambem morri, mas apenas para aquele amor...
P.S. como é o paraiso?? é que eu estive no inferno...

Bárbara V Brito disse...

esta morte tem algo de fascinante, pois com ela voltamos a vida, fazemos o nosso proprio luto, choramos pela nossa perda, berramos com angustia e sofrimento, mas abranda, tudo abranda no nosso coraçao, amor, paixao, raiva e ira.e assim nascemos de novo e prontos para amar, sorrir e correr, os nossos coraçoes foram banhados com penas de fenix, dai a nossa eterna vida e enterna vontade de recomeçar.

Anónimo disse...

Do you remember?...the new day is coming...