segunda-feira, outubro 29, 2007


"Passenger Seat"

I roll the window down and then begin to breathe in
The darkest country road
And the strong scent of evergreen
From the passenger seat as you are driving me home.
Then looking upwards I strain my eyes and try
To tell the difference between shooting stars and satellites
From the passenger seat as you are driving me home.
"Do they collide?" I ask and you smile.
With my feet on the dash The world doesn't matter.
When you feel embarrassed then I'll be your pride
When you need directions then I'll be the guide.
For all time.
For all time.


Por nenhuma razão especial, o videoclip lembra-me uns desenhos-animados que via quando pequena, a música veio por acréscimo, e ainda bem, porque gostei. Simple and a smile maker. Enjoy

terça-feira, outubro 23, 2007


Hoje vesti o meu vestido de inverno, aquele que traça numa malha castanho chocolate e termina em formas geométricas perfeitas. Ando há que tempos a queixar-me do bom tempo, é parvo eu sei, mas faz-me falta o frio de fins de Outubro, o meu Outono, o que antecede o meu Inverno. Quero o frio matinal de esconder as mãos nos bolsos, o casaco que já agasalha e os sapatos quentes de salto. Visitar velhos amigos que já não estão lá, mergulhar na nostalgia, percorrer os mesmos corredores, sair na mesma porta, andar na mesma rua, a das 17 apitadelas, a do stand da smart, a do autocarro que já não pára lá. Descobrir que já não somos como elas, o nós de antes, somos o up-grade, para quê diz-me? para sabermos como se escreve um artigo? como cheira o Alentejo? Como é o mar de Odeceixe? As lágrimas de desespero, o choro feio que nos contorce a cara de raiva e dor, os sorrisos das noites de pés descalços no alcatrão quente de um Agosto das 4h da manhã. Para sabermos como são os traçados do bairro, para ainda não sabermos o que se esconde por trás do portão grande da rua das conversas, para abusar das chamadas grátis da vodafone nas madrugadas do Princípe Real. Percebemos que amar é fantástico, fantabulástico, magnifíco e muito mais, inexplicavél, indisível, mau, picuinhas, chorão, chato, parvo, estúpido, confuso, labirintico, cliché! Só e apenas isso, um cliché.
A chegar a casa a chuva começou a cair, chegou e molhou o meu vestido de inverno, molhou o meu cabelo e a minha cara, a minha alma que ansiava por ventos novos, os pés frios mergulhados em àgua quente ao chegar a casa, o roupão em cima da cama, o chá morno, o cheiro a jasmin e chá verde do meu incenso. O frio chegou, estou em casa, e sem ti, outra vez.

segunda-feira, outubro 22, 2007



Me simpsonized!...stolen from http://unwrittenlife.blogspot.com, thanks Elsa! =)

In http://simpsonizeme.com/#, have fun.*

sábado, outubro 20, 2007


Entendes-me sem falar, insultas-me para me picar, ris-te de mim, para mim, comigo, lembras-me porque ainda não desisti, lembras-me porque te tenho e porque te amo. Sim, porque já percebemos que chamar amizade ao que temos é quase heresia, aprendi a amar-te e conheço todos os teus defeitos para dizer isto com toda a certeza.
A única pessoa que me conhece a alma mesmo de olhos fechados.
Amo-te e não te dispenso nunca minha fada de olhos mel que me aquece os invernos e me refresca os verões e me trata como a sua princesa.
Sou e serei, sempre, tua e tu minha, minha Bárbara.

Midge Ure - Breathe

Sábado, madrugada, 1h, carro, Bárbara, ouvi, lembrei, aqui está...enjoy...

terça-feira, outubro 16, 2007

A woman´s right to shoes...


"-Pai Natal és tu! Uau! E eu a pensar que eras mais uma estratégia de marketing daquela marca que começa em coca e acaba em cola ( nada sugestivo!o.O)...afinal não, és mesmo real!"

"-Sim Vanessa! Como tens sido uma menina muito bonita e bem comportada..."ham ham"...sim pequeno duende verde isso agora não interessa nada, era de noite, estava escuro, enfim...mas continuando, estás quase a fazer anos e pensei que este ano podias ter as prendas mais cedo."

"-Ena ena! Oba oba! Sério sério?"

"-Sério sério! Não vinha da Lapónia só para gozar com alguém, a não ser que fosse o Coelhinho da Páscoa, portanto vim-te trazer estas botas girissimas que a menina viu na Fly London de €140 e estas ( fica já para o Natal) da Loius Vuitton de €1050!"

"-Ai Pai Natal! Nem sei que te diga isto deve ser um sonho!"..."- Mas...e é...muahahahaha"....

Oh boa são 6h30 da manhã e a mamã já está acordada, ora vou ter português e dormi 5 horas.
O Pai Natal adora gozar comigo, é fofo, e também é fofo o meu subconsciente ser parvo...é...diz que sim...catita...

Post Scriptum - Father this time do not forgive me, because I haven´t sined...yet...

Zero 7 - In The Waiting Line

My kinda of sound...now

Sex and the City- The Domino Effetc

Sometimes I could use a heart surgery...not for me, but sure could use some...

terça-feira, outubro 09, 2007

Autumn devinations...

Tieta [1989-1990] - Abertura

Divagações parvas pelo youtube...eu tinha 4 anos! hahah que nostalgia...o.O

segunda-feira, outubro 08, 2007

Stardust - rule the world

I did like the movie, quite a lot, and even a bit taky, I did, aswell, liked the song, enjoy...

sexta-feira, outubro 05, 2007


Nuvens vianjantes e sol intermitente bafejam a minha janela, acho que o frio que tanto gosto se aproxima. Ainda não tirei do armário o meu sobretudo que me faz sentir numa passadeira vermelha de cada vez que o visto, mas já piso a calçada branca e preta com os meus sapatinhos redondinhos e fechadinhos. Ouço Eddie Vedder a solo em tardes solitárias propositadas, descanso do mundo, mato saudades de mim num espírito absolutamente egoísta. Olho para o telémovel, está calado, pego nele de vez em quando para ver se fala, depois arrependo-me e deixo-o voltar ao seu estado de meditação constante. Apetece-me pegar num video dos antigos e meter-lhe a k7 dos três últimos anos e pôr em loop o rewind. Não quero sair, não quero deixar para trás em memórias enebriantes o prédio azul e branco que acolheu por inteiro o meu génio e alma. O último trabalho do último ano, não quero que seja o último, tenho medo de deixar o ninho, medo de largar a barra da saia. Gosto demais de lá estar, e agora, porque dizem que cumpri o meu objectivo com mérito, tenho de sair. Tenho de saborear estes 10 meses e transformá-los em infinitos, para o choque da luz lá de fora não me cegar. Acompanhas-me, certo? Parece que sim, espero que sim...

segunda-feira, outubro 01, 2007

A Bitter Song

Ouvi esta música no Grey´s Anatomy, queria um video sem um clip da série, mas já que não o há, espero que gostem a mesma. Adorei a música.


Não foi no primeiro dia de outono que o sentiu chegar. Os dias são percorridos a galope em pensamentos e amostras de sentimentos. Não são pensados, são automatizados. O verão mal chegara para o ver, aquele esgar de quem sofre no primeiro sorriso porque sabe que o próximo estará longe, muito longe. A gabardine estava ali, impávida a olhar para ela na semana do primeiro pingo de nariz frio. A cama estava quente, ilusão corporal, meramente automato físico, a cama estava vazia, ela dorme sozinha. Os banhos são longos, fotogramas mentais de memórias arrasadas. O banho é longo porque é menos penoso perceber que o que escorre não são só vestigios de olhos chorosos. Há uma sensação de perda escondida debaixo da sua camisola de cashmere, algo que faz o seu estômago contorcer-se de ansiedade, de saber o que aí vem. Um infindavél inverno branco e cinzento de noites arroxeadas e sem luas. Um inverno inocente que alberga esta tentativa de vida depois da morte. O trabalho é igual, 9h pica o ponto, sorri para os colegas vestidos de amarelo, senta-se na única secretária que não tem vestigio de alma, a sua. Não tem histórias para contar, porque não as quer contar. Não tem amigos que as queiram ouvir porque não sabe tê-los, não sabe o que há para além da existência dele. É um nado morto, uma nulidade e sabe que só vivia por aquele esgar de sorriso de verão. Ele partiu, ela ficou. Ele viveu, ela viveu através dele. Ele gostava-se, ela gostava dele, pelos dois. A manhã de Agosto quente da planície que se mostrava dourada foi tocada por um momento, ele foi ter com ela, ela sorriu ( no único sorriso que daria o resto do ano). Lembrou-a dos sôfregos beijos em trigueirais vuloptuosos e o som das canas que assobiavam no vento quente, o simples facto de soprar bastava para o suor despoletar, mas não era suor, era um rio de danças corporais e gemidos abafados por mãos lascivas. Os cabelos revoltos confundiam-se no dourado da seara, o corpo coleccionava ervas secas no seu invólucro transpirado, um pecado inegavél, pensou enquanto apertava os atilhos da sua blusa de linho azul, contrastava com os olhos dos dois. Debaixo do sol massacrador e com as faces enrubescidas de luxúria, pensou que seria o único momento a reter, dali seria só a descer. Não haveria amanhã porque o hoje sugara tudo. Partiu de olhos aquosos e olhou para trás em busca de algo a que se agarrar. Acordou, correu a fechar a janela que deixava entrar o frio estranhamente recebido. Puxou da gabardine, depois do banho repetitivo e saiu. Apercebeu-se de que o outono havia chegado,não porque o dia estava mais frio, não por ter tirado a gabardine do armário, apenas porque o cheiro das castanhas quentes lhe atravessaram o olfacto na vinda para casa. O sol pôs-se mais cedo e ela, nessa noite, nessa fatídica noite, também.