So there is a new form of love... A confeitaria está na mesma, desde os lates 1800´s...which is great, parece que temos sempre aquela mesa reservada, a da salinha do fundo que tem a janela de portadas. A carta de chás, o nº33 desta vez, pêssego, muito acetinado. O crime? Os suspeitos do costume J, M, V and V, and a speacial guest which I have a speacial love for, speacial girl miss S. Muitas gargalhadas e parvoíces depois, que incluiam empregados e pessoas normais a espreitar para o nosso cantinho e a rir do simples facto de o fazermos a bandas despregadas, as conversas quentes, as piadas do momento, a seriedade instalada nos temas mais delicados, a cumplicidade genuína e espontânea, quase que sinto inveja de mim, de nós. Apercebi-me numa conversa que aquela música da Nelly Furtado faz mais sentido do que parece, promiscuous girl. Temos relações sérias que começaram por não o ser, entretanto o tempo passa e apercebemo-nos que partilhamo-lo com essa pessoa, uma semana transforma-se em um mês, um mês em um ano e quando damos por isso já lá vão dois ou três, o que pode não ser nada comparado com outras coisas mas mesmo assim é significante. Com o tempo vem o desgaste e o que parecia ser muito bom e novo e interessante deixa de o ser, as coisas complicam-se, been there done that, aquela pessoa tornou-se noutra pessoa que é suposto aceitarmos porque quando compramos um carro não compramos só o chassi, compramos motor e tudo e tudo e tudo...faço sentido? Não, não faz mal... A questão é que acabamos por conhecer pessoas novas todos os dias e em situações bastante caricatas, algumas passam e seguem as suas vidas outras, por sua vez, decidem ficar e essas pessoas interessam-nos de uma maneira estranha, nova e livre, algo que já não nos sentimos faz algum tempo. Quando surge esse bichinho de "preciso de algo novo" é porque algo não está bem e é hora de mudar. Não estou a condenar ou sacrificar as relações duradouras ou as que passam por fazes menos boas e depois voltam a estar bem, saliento apenas o facto de o ser humano ser uma criatura deveras interessante e demasiado complexa, no entanto, sempre necessitada, de atenção, fome, sede, conforto, estabilidade, aventura, adrenalina...qualquer coisa que nos cause um impulso maior do que o habitual. Conhecemos alguém que nos faz sentir essa alta voltagem de novo, não é necessariamente um killing spree...nem um offspring...é mais, uma necessidade básica de se sentir livre e novo, para alguém, para alguma coisa. Temos essas relações desprendidas de tudo, restando um embevecido e puro prazer de estar com essa pessoa, de nos rirmos de coisas novas, de recordarmos passados comuns ainda por descobrir, de atingir um novo nirvana, provavelmente melhor que o anterior e ficarmos chocados por o ser, porque temos um enorme defeito paradoxal, iludirmo-nos com frequência e ficamos agitados com a mescla de sensações, no entanto temos uma incapacidade enorme em acreditar que algo tão bom nos possa acontecer de novo. Fomos felizes naquele ponto, com aquela pessoa, não vai voltar a acontecer, mas acontece e com uma intensidade assustadora... Casos são casos e cada caso é um caso, mas a vida é uma enorme lista de compras, algumas coisas compras uma vez outras repetem-se ao longo da lista porque precisamos delas, elas têm de existir no nosso pequeno universo e essas experiências são o que nos completam o espírito velho, cansado de rodar corpos nesta roda repetitiva ansioso por novos conhecimentos. é uma nova forma de amar talvez, hoje experimento o "iogurte " de cereja e amanhã o de framboesa, mas eu sei que o meu favorito é o de côco...mas talvez amanhã seja o de frutos do bosque...são analogias parvas, bem sei...mas a nossa natureza é deveras estranha, somos dos poucos que "proliferam" de livre vontade sem o intuito de proliferar e o Homem não foi feito para ficar quieto num canto a comer do mesmo prato todos os dias, mas se esta teoria é tão perfeita e faz tanto sentido como explico o amar alguém? como explico que quero aquela pessoa e mais ninguém? Como explico, a mim, que é dele, ou dela que eu gosto e nada mais me interessa? E pior, que se permaneça assim por imenso tempo, meses, anos...uma vida até...Acho que tenho ainda o meu Q de ingenuidade e inocência, guardados no meu cofre por entre lençois de linho bordado à mão... Gostava de, pelo menos a encontrar, esse alguém que me faça ficar, apenas ficar...para variar...
5 comentários:
Promuis... quê??
Será não será, dúvidas eternas, o saber que não se sabe antes de passar...
Complicado...
Beijo
dúvidas são sempre dúvidas por mais eternas que sejam...
Já tinha lido ontem, mas resolvi vir reler hoje... e devo dizer-te que me encontro no que dizes. E é em grande quantidade. E subscrevo tudo o que nos diz respeito. Sem ponta de dúvida. Quanto à última parte... vais ficando e quando menos deres por isso ficaste para Sempre.
Obrigada. É um Abraço.
Epah a tanto tempo que nunca mais cá vim.
Que posso eu dizer......
Parece ter sido um dia bem passado, mas axo k precisas de assentar.
Precisas de um moço roliço como tu (ahahaha), tens k tirar essa cabeça das nuvens pah.
Cumps *****
P.S.: Ainda te devo uma dose de morangos ahahahahahah
"mas se esta teoria é tão perfeita e faz tanto sentido como explico o amar alguém?como explico que quero aquela pessoa e mais ninguém? Como explico, a mim, que é dele, ou dela que eu gosto e nada mais me interessa? E pior, que se permaneça assim por imenso tempo, meses, anos...uma vida até..."
:_ _ _(
Fez-me lembrar.
Mas,gosto bastante da Nelly Furtado.
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