quarta-feira, abril 09, 2008


So there is a new form of love... A confeitaria está na mesma, desde os lates 1800´s...which is great, parece que temos sempre aquela mesa reservada, a da salinha do fundo que tem a janela de portadas. A carta de chás, o nº33 desta vez, pêssego, muito acetinado. O crime? Os suspeitos do costume J, M, V and V, and a speacial guest which I have a speacial love for, speacial girl miss S. Muitas gargalhadas e parvoíces depois, que incluiam empregados e pessoas normais a espreitar para o nosso cantinho e a rir do simples facto de o fazermos a bandas despregadas, as conversas quentes, as piadas do momento, a seriedade instalada nos temas mais delicados, a cumplicidade genuína e espontânea, quase que sinto inveja de mim, de nós. Apercebi-me numa conversa que aquela música da Nelly Furtado faz mais sentido do que parece, promiscuous girl. Temos relações sérias que começaram por não o ser, entretanto o tempo passa e apercebemo-nos que partilhamo-lo com essa pessoa, uma semana transforma-se em um mês, um mês em um ano e quando damos por isso já lá vão dois ou três, o que pode não ser nada comparado com outras coisas mas mesmo assim é significante. Com o tempo vem o desgaste e o que parecia ser muito bom e novo e interessante deixa de o ser, as coisas complicam-se, been there done that, aquela pessoa tornou-se noutra pessoa que é suposto aceitarmos porque quando compramos um carro não compramos só o chassi, compramos motor e tudo e tudo e tudo...faço sentido? Não, não faz mal... A questão é que acabamos por conhecer pessoas novas todos os dias e em situações bastante caricatas, algumas passam e seguem as suas vidas outras, por sua vez, decidem ficar e essas pessoas interessam-nos de uma maneira estranha, nova e livre, algo que já não nos sentimos faz algum tempo. Quando surge esse bichinho de "preciso de algo novo" é porque algo não está bem e é hora de mudar. Não estou a condenar ou sacrificar as relações duradouras ou as que passam por fazes menos boas e depois voltam a estar bem, saliento apenas o facto de o ser humano ser uma criatura deveras interessante e demasiado complexa, no entanto, sempre necessitada, de atenção, fome, sede, conforto, estabilidade, aventura, adrenalina...qualquer coisa que nos cause um impulso maior do que o habitual. Conhecemos alguém que nos faz sentir essa alta voltagem de novo, não é necessariamente um killing spree...nem um offspring...é mais, uma necessidade básica de se sentir livre e novo, para alguém, para alguma coisa. Temos essas relações desprendidas de tudo, restando um embevecido e puro prazer de estar com essa pessoa, de nos rirmos de coisas novas, de recordarmos passados comuns ainda por descobrir, de atingir um novo nirvana, provavelmente melhor que o anterior e ficarmos chocados por o ser, porque temos um enorme defeito paradoxal, iludirmo-nos com frequência e ficamos agitados com a mescla de sensações, no entanto temos uma incapacidade enorme em acreditar que algo tão bom nos possa acontecer de novo. Fomos felizes naquele ponto, com aquela pessoa, não vai voltar a acontecer, mas acontece e com uma intensidade assustadora... Casos são casos e cada caso é um caso, mas a vida é uma enorme lista de compras, algumas coisas compras uma vez outras repetem-se ao longo da lista porque precisamos delas, elas têm de existir no nosso pequeno universo e essas experiências são o que nos completam o espírito velho, cansado de rodar corpos nesta roda repetitiva ansioso por novos conhecimentos. é uma nova forma de amar talvez, hoje experimento o "iogurte " de cereja e amanhã o de framboesa, mas eu sei que o meu favorito é o de côco...mas talvez amanhã seja o de frutos do bosque...são analogias parvas, bem sei...mas a nossa natureza é deveras estranha, somos dos poucos que "proliferam" de livre vontade sem o intuito de proliferar e o Homem não foi feito para ficar quieto num canto a comer do mesmo prato todos os dias, mas se esta teoria é tão perfeita e faz tanto sentido como explico o amar alguém? como explico que quero aquela pessoa e mais ninguém? Como explico, a mim, que é dele, ou dela que eu gosto e nada mais me interessa? E pior, que se permaneça assim por imenso tempo, meses, anos...uma vida até...Acho que tenho ainda o meu Q de ingenuidade e inocência, guardados no meu cofre por entre lençois de linho bordado à mão... Gostava de, pelo menos a encontrar, esse alguém que me faça ficar, apenas ficar...para variar...

5 comentários:

AmSilva® disse...

Promuis... quê??
Será não será, dúvidas eternas, o saber que não se sabe antes de passar...
Complicado...
Beijo

MCLL disse...

dúvidas são sempre dúvidas por mais eternas que sejam...

Maria disse...

Já tinha lido ontem, mas resolvi vir reler hoje... e devo dizer-te que me encontro no que dizes. E é em grande quantidade. E subscrevo tudo o que nos diz respeito. Sem ponta de dúvida. Quanto à última parte... vais ficando e quando menos deres por isso ficaste para Sempre.

Obrigada. É um Abraço.

Thiago disse...

Epah a tanto tempo que nunca mais cá vim.

Que posso eu dizer......

Parece ter sido um dia bem passado, mas axo k precisas de assentar.

Precisas de um moço roliço como tu (ahahaha), tens k tirar essa cabeça das nuvens pah.

Cumps *****

P.S.: Ainda te devo uma dose de morangos ahahahahahah

Kátia disse...

"mas se esta teoria é tão perfeita e faz tanto sentido como explico o amar alguém?como explico que quero aquela pessoa e mais ninguém? Como explico, a mim, que é dele, ou dela que eu gosto e nada mais me interessa? E pior, que se permaneça assim por imenso tempo, meses, anos...uma vida até..."

:_ _ _(

Fez-me lembrar.

Mas,gosto bastante da Nelly Furtado.