As pessoas nascem com uma doença gravíssima. As pessoas morrem a pensar que nunca a tiveram, acordam e deitam-se todos os dias ,seguidos de noites que se seguem de dias, a pensar que nunca sofreram de tal maleita. A arrogância tolda-lhes a vista tão nítida do terceiro olho. Importam-se com a camisola que tem burbotos, com o casaco escuro que tem pelos, com a mancha nas calças perfeitamente engomadas, com a saia que é demasiado curta e com o vestido que tem um decote demasiado profundo. Não se importam com o cheiro, isso não, o cheiro nunca as afectou, só se for de algo material, se não for visível pouco importa. Mas para quem cheira o que se não vê o incómodo é lento, profundo e agoniante. Um dos cheiros que mais profana as "narinas" é o da doença, deste vírus que se alastra e propaga assusatadoramente, algo tão simples e trivial como: a estupidez. É a gripe da alma e é regorgitante. Irrita-me profundamente ter de coniviver involuntáriamente com este espécime nojento. Pergunto: Eu falo mal para as pessoas? Sou arrogante para as pessoas? Sou mal-educada para as pessoas? Eu respondo: Não, não e não. Ora tendo estas perguntas com respostas tão objectivas eu pergunto, novamente: Porque é que as pessoas me falam mal, são arrogantes e mal-educadas comigo? Tenho um alvo na testa a dizer "Por favor testem a minha paciência!". Eu respondo, novamente: Não. As consequências não são bonitas e a irritação faz mal aos pêlos do nariz. Acho que vou continuar com o yoga...
2 comentários:
Será que se trata de mais um Teste? Hum? Daqueles que nos levarão a outros patamares? Será que se trata de um jogo de equilíbrio entre limites; em que nem podes ser tão arrogante ou tão estúpido/a quanto os que o são para ti (mesmo quando apetece muito) nem tão "podem dar-me todas as chapadas que quiserem que eu fico aqui a assistir"?
Não sei. O que eu sei, é que dê lá por onde der consegues sempre contornar esses pins de estupidez, essas lombas, essas trombas. (já estou a começar com as pregas nos lábios :))
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Tanta irritação por cá! Às vezes a arrogância é uma reacção momentânea. Pouco depois passa, digo eu... às vezes não passa de uma característica (não é das melhores para se ter, é certo) que só existe enquanto não há proximidade. Não será?
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