quarta-feira, setembro 06, 2006
Insisto em vestir-me com a mesma paleta de cores, ora frio, ora gélido, o branco e trasparente pálido da frieza, o negro brilhante do sarcasmo e por vezes até o vermelho da hipocrisia.
Gosto da imagem que transpareço, confiante, segura, crescida. é uma palavra estranha esta, costumava ter pressa de crescer, sempre com pressa, mais, quero mais! saber mais, viver mais, viver tudo! e agora...quero descanço, quero um passaporte no tempo, voltar.
Não quero mais crescer, quero ficar com os olhos grandes e claros que tinha quando aprendi a pintar que viam tantas cores à volta. Irónico, para o mundo a frieza, a confiança; para a minha bolha, o meu mundo, que só eu conheço ( e acreditem, só mesmo eu) sou pequena, frágil, insegura. Mas o mais estranho é que mesmo sabendo que por detrás desta fragilidade, existe ainda mais recondita eu. O eu que sabe o que é, o que quer, como lá chegar e o que vale. Sei o que sou, e sei que sem mim, não era nada. Um pouco confuso, eu sei. Mas também (lembra-se?) se eu não gostar de mim, quem gostará?
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