terça-feira, novembro 14, 2006

Com as mãos tocava-a por inteiro, uma mão quente suave percorria-lhe o corpo todo que tremia de prazer. Uma voz ofegante repleta de gemidos trémulos e revirar de olhos zfunde-se com o sabor adocicado da sua pele rosada, rubra de rosa. Uma visão plena de texturas e formas luxuriantes enchia-lhe o âmago. Mas era o cheiro, aquele cheiro que lhe era impossivel decifrar, impossivel de esquecer, impossivel de não amar, de não desejar...
Por entre cores, essências, sabores, sentidos vindos do oriente ele sentia-se no paraíso terreno do corpo dela, ela era como que a porta que se tinha de abrir para lá chegar. Cheirava a rosas com jasmim, a lima com laranja, a seda e cetim ou mesmo menta e mandarim. Tudo se tranformava no degradé ascendesnte de sentidos múltiplos e todos eles orgásmicos, ela era o ex-librís da sua vida, da sua triste vida, era só e simplesmente, o seu grande amor. Sagrado, único, apaixonado e contudo com o intuito de voltar a ser deus, de alcançar o nirvana, o momento climático, o orgasmo. Onde todos os sons e cores se encontram, os sabores e cheiros se complementam e onde os olhos são apenas passagens de alma...
Amar não tinha a certeza de que o sabia, mas o seu cheiro, esse...pertencia-lhe.


Porque sim, porque nunca me esqueço do teu cheiro, um beijo

Sem comentários: