terça-feira, setembro 25, 2007

Smoke City - Underwater Love

Addictive...thos must be underwater love...

segunda-feira, setembro 24, 2007

Vagabunda de leituras...


La femme n´existe pas

"Eu nunca conheci a Mulher. Eu já amei e odiei "mulheres". Então por que esse título genérico? Os homens são mais classificáveis do que as mulheres. Não haverá nessa generalização um desejo de fazê-las compreensíveis, por medo de sua diversidade? Não existe Mulher. Existem a mulher de burca, a strip-teaser, a mulher sem clitóris, a piranha, a modelo, a bondosa, a malvada (tão cantada em verso e prosa), existem Eva e Virgem Maria, existem a pobre, a rica, a feia, a bela, a histérica, a obsessiva. A "Mulher" talvez tenha sido invenção dos machos."

In "Porno Política", by Arnaldo Jabor


Post Scriptum - Tenho-me dado ao "luxo" de vaguear nas minhas leituras, de uma atenção de um professor transformado em, já, amigo, chegou-me esta saborosa escrita com sabor a Brasil. Obrigada meu caro, um beijo.

Travis - Love will come through

O outouno chega apressado com dias de sol e calor enganador, porque o frio chega e faz-me brilhar...because love will ocme through, I guess...

quarta-feira, setembro 19, 2007





Os Incorrigíveis...vá-se lá perceber...m´amar...

Post Scriptum - Vê como me lembro do que me diz?...um beijo.

segunda-feira, setembro 17, 2007


Dois meses, quatro dias e algumas horas depois chegaram ao fim aquilo a que insistimos chamar de férias. Foram curtas, passaram à velocidade da luz e esconderam noites e dias de pura selva urbana e não só. Desde as noites no palacete do meu carissímo Topsius para os lados de Queluz a ver filmes independentes com efeitos borboleta e pulp fictions à mistura, às noitadas de sueca, amendoins, panachés, bonecos-de-neve, guitarras, concertos de Jorge Palma a tarde e a más horas, chocolates quentes enebriantes nas falésias do Guincho, grutas emergidas na escuridão de Sintra, teatro de improviso e luso-italianos que comem elásticos.O norte e a sua simplicidade assustadoramente silenciosa. O Algarve na sua azáfama estrangeira e a minha sossegada Lagos com crepes de mel e viagens de barco até praias escondidas e mergulhos em àguas cuja cor se condundia com os meus olhos, a pele salgada e dourada do sol quase marroquino e as noites pecaminosamente luxuriantes. Os long drinks, os breezers, a piscina, o bairro e o traçado branco, a máquina fotográfica e a rua do Meskal com os seus jambés e tocadores de citara. As longas manhãs da planicie alentejana, a cama enfeitiçada que não me deixava levantar, a cidade em tempos árabe banhada pelo Guadiana, as noites do Lancelote e Alsafira, do Pomarão no fim da estrada e do enxofre sangrento, da mina e dos cavalos e dos pôr-do-sois ainda mais dourados da planicie trigueira. Acusem-me agora aqueles que dizem que sou ingrata, que me queixo da brevidade de dois meses enquanto alguns tiveram direito a uns fugidos cinco dias, confesso-me culpada e totalmente esbanjadora. Porque adorei cada nanosegundo, porque me embebedei de amizades longas e seduzidas, de gargalhadas valentes e sorrisos genuínos. Porque acabaram no auge com um sorriso tibetano do Sr. Dalai Lama ao vivo e porque é sempre bom voltar às "origens" e sugar até mais não este último ano de puro deleite estudantil naquela a que gosto de chamar a minha segunda casa. Esperanos mais um ano de cutucanços my dear João, o mestre Paulo não estará mas estaremos nós para nos lembrarmos de como é ser "chouriço".
Saudosismo, sou portuguesa, sim.

domingo, setembro 16, 2007

sábado, setembro 08, 2007

sexta-feira, setembro 07, 2007


Tenho saudades do futuro. Daquele em que iremos rir dos filmes vistos envolvidos por almofadões da Índia. Da cama de ébano que me espera depois do duche de flor de cerejeira e do chão de madeira que alberga as minhas pegadas embaciadas enquanto visto o meu "roupão" de Quioto. Dos vinhos que escolhes para mim enquanto me ligas só para perguntar "Já te disse que gosto de ti?" enquanto eu respondo "verde, hoje apetece-me um bem fresco". Saudade dos jantares tardios em japoneses reservados com o meu Topsius de longas conversas e saké.
Dos fins-de-semana na relva do CCB e dos meus pés molhados dos jactos de vapor do museu de design e dos pasteis com a Bá. Das escapadinhas para Londres e dos Natais no Japão. Dos dois meses no Tibete e do frio dos Himalaias que nos corta a respiração mas não o sorriso. Dos meus escritos espalhados em caixas de madeira daquele antiquário em Sintra, do telescópio de tinta lascada que desencantaste da cave. Se calhar ainda não te conheço, se calhar tenho, simplesmente, saudades do futuro. O amanhã espera-me, espera-nos...

domingo, setembro 02, 2007


Porque me enganas com as tuas falácias e múltiplas caras? Conheço-te. Sei-te. Sinto-te. Passo sempre as mesmas portas, as mesmas salas, os mesmo corredores. Atravesso esse pátio interior e abro a porta da torre, subo-a porque sei que é lá que estás. Alcanço a porta, aquela grande escura e dourada porta que me persegue, rodo a maçaneta impecavelmente polida. Não abre, que novidade. Bato uma, duas, três é o limite. Sei que me ouves, sinto-te respirar. Não estás longe, estás apenas do outro lado, são cinco centimetros de ébano que nos separam. Se ao menos fosse físico, se ao menos fosse tão fácil como ter a chave. Mas não. A chave jaz nessa mesma porta, por dentro, e a única coisa que tens de fazer é rodá-la no sentido dos ponteiros do relógio, aqueles que já batem mais de dois anos. Eu espero, por quanto tempo, não sei. Juro que não sei.
Sento-me, a porta já tem a minha forma marcada, as minhas unhas cravadas, o meu choro embutido, os meus sorrisos vistos pela fechadura. Sento e espero pelo "clique", aquele do rodar da chave. Enquanto houver luz por debaixo da porta, eu observo, e fico.
Post Scriptum - "Enquanto houver estrada para andar a gente vai continuar, enquanto houver estarda para andar. Enquanto houver ventos e mar, a gente não vai para. Enquanto houver ventos e mar."