quinta-feira, novembro 30, 2006

Ora viva! À quanto tempo não partilhava eu os meus pensamentos e parvoices! ai que saudades que saudades! estou sem computador ou net em casa, o que é no mínimo desesperante! Sim, vocês pessoas comodistas do futuro dependentes da tecnologia compreendem-me! sinto-me uma eremita no meio desta sociedade ilusoriamente necessitada de tudo o que é metálico e faz sons estranhos. Ultimamente (e estranhamente) sinto-me bem, muito bem. Os anos ficaram na semana passada e adorei, estive com todos que quiz e que me quiseram sobrando sempre as duas pessoas que me fazem fazer aquele sorriso. Tenho tanta pena de não poder partilhar com eles este dia. Para o meu finlandês longiquamente belo um abraço eterno perdido entre as estrelas e lua que nos aproximam todas as noites. Para sr. dtr. mestre um muito obrigada por nunce se esquecer e pela graciosissima prenda que a devoro insessantemente.
Estava assustada, sentia-me pequena de mais para crescer, mas como alguém diria, eu cresci depressa demais. Tenho saudades do pão com marmelada com leitinho vigor do infantário, da música de natal do meu urso de peluche, da cerelac e da fralda de pano que enrolava no dedo.
Sei também que tinha saudades do que sou hoje, de quem tenho e quem conquistei e o que conquistei, tudo para mim faz sentido e todos parecem um boxcloset louis vuiton século XIX onde tudo está perfeitamente arrumado e etiquetado, e fica tudo tão bonito e tão bem.
20 anos, de repente, assustei-me...

Um beijo
Post Scriptum - listen with "Air - All i need"

quarta-feira, novembro 15, 2006



Hoje vamos falar de coisas simpáticas, assim tipo hipocrisia, egocêntrismo, mesquinhez. Passemos aos exemplos explicativos: adoro aquelas pessoas que magoam toda a gente à sua volta, seja fisica ou psicológicamente, mas quando numa simples brincadeira de dar uma belinha fazem a maior cena digna de Óscar porque simplesmente lhe tocaram num fio de cabelo. Ah pah...que bela é a humanidade...que empolgante, que divertida e justa e INTELIGENTE.
Pena eu viver num mundo à parte ( ou assim parece já que é irremediávelmente o que sinto) onde alguns miseráveis valores como ser-se educado, saber comportar-se ou mesmo saber aceitar uma brincadeira ou uma simples conversa sem fugir parece ser o normal. Ah e por incrivel que pareça, sim eu sei, no meu planeta a inteligência existe, em vez da tipica estupidez a que infelizmente me habituei.

terça-feira, novembro 14, 2006


Tou com uma certa ansiedade incómoda. O aniversário está aí à porta e vou entrar na idade das escolhas dificeis, 20. Agora dizem vocês, suas doidas que já passaram por eles "mas cum catano, os 20 foi quando eu mais me diverti" e eu "ah e tal e porque é jovem", só que a verdade é que me assusta. Gostei tanto do que tive nestes 19 anos que não sei o que esperar dos 20. Para além disso, este ano não estou com vontade nenhuma de o festejar, ou melhor, até me apetece, mas à minha maneira. Fugir de Lisboa, refugiar-me no meu paraíso gelado que é Tomar no inverno numa pousada tipicamente rústica. Um quarto aconchegante com a lareira acesa, um copo de vinho e uma caixa de chocolates com uma vista absolutamente única sobre a misteriosa cidade de Tomar. "O Nome da Rosa" deleitanos o espirito enquanto o jantar nos deleita o corpo. Como é óbvio não é só o jantar que nos deleita, mas isso já são contos à porta fechada. Descobrir mais uma porta aberta num convento carregado de misticismo e beleza inantigivel e as laranjas "acidentalmente" colhidas do pomar do convento adocicam a boca de lábios gelados. Acho que afinal, assim, até quero festejar, nem que seja pelo simples facto de isso preencher mais uma memória nos nossos olhos sorridentes.
Com as mãos tocava-a por inteiro, uma mão quente suave percorria-lhe o corpo todo que tremia de prazer. Uma voz ofegante repleta de gemidos trémulos e revirar de olhos zfunde-se com o sabor adocicado da sua pele rosada, rubra de rosa. Uma visão plena de texturas e formas luxuriantes enchia-lhe o âmago. Mas era o cheiro, aquele cheiro que lhe era impossivel decifrar, impossivel de esquecer, impossivel de não amar, de não desejar...
Por entre cores, essências, sabores, sentidos vindos do oriente ele sentia-se no paraíso terreno do corpo dela, ela era como que a porta que se tinha de abrir para lá chegar. Cheirava a rosas com jasmim, a lima com laranja, a seda e cetim ou mesmo menta e mandarim. Tudo se tranformava no degradé ascendesnte de sentidos múltiplos e todos eles orgásmicos, ela era o ex-librís da sua vida, da sua triste vida, era só e simplesmente, o seu grande amor. Sagrado, único, apaixonado e contudo com o intuito de voltar a ser deus, de alcançar o nirvana, o momento climático, o orgasmo. Onde todos os sons e cores se encontram, os sabores e cheiros se complementam e onde os olhos são apenas passagens de alma...
Amar não tinha a certeza de que o sabia, mas o seu cheiro, esse...pertencia-lhe.


Porque sim, porque nunca me esqueço do teu cheiro, um beijo

quinta-feira, novembro 09, 2006

Balanço, balanço, balanço...e contudo nem no mar estou. Fico presa nos erros do passado, nos momentos inquebráveis do mesmo. Tenho uma dor que não se sara, ou não quer sarar, não sei o que fazer com ela...
A maior parte do tempo consigo abstrair-me dela, sorrio com todos os dentes branquinhos e com a bela da falha e mesmo parar mim, sorrio. Quando nada resta senão eu, vem, macera, tipo dor de dentes. Costumava dizer que não me arrependo de nada do que fiz, está 50/50, por um lado não, por outro sim. Sim porque me doi quando penso nisso, porque ponho o dedo na ferida a mim mesma, porque depois ponho sempre uma lágrima como ponto final.

Gosto de ti, muito muito mais...beijo

quarta-feira, novembro 01, 2006

DOENTE! ESTOU DOENTE! isto é terrivel, no minímo...
Odeio estar doente, odeio ter o nariz dorido de tanto limpá-lo, de parecer que carrego o mundo em cima da cabeça de tão pesada que está e de falar com uma voz de mete nojo...isto é terrivel para a minha carreira pah!
weMas o engraçado, e como eu muitas vezes sou de apetites...também tem o seu lado bom estar doente, estar escondidinha debaixo do endredon bem quentinha, enquanto a minha menina me trás um chá bem quentinho acompanhado de bolachinhas de gengibre. Um banho de imersão com paredes suadas à volta e o cheiro de jasmin que emana da água faz-me esquecer o irritante pingo do nariz por um momento, o meu momento zen.
Começo finalemente a entrar no meu mundo, nos meus dias gelados subtilmente aquecidos pelo sol de inverno, o nariz vermelho, os casacos elegantes e os olhos brilhantes de sorrisos constantes.

Um beijo